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Senso de Pertencimento

Liderança

A ideia de pertencer a uma comunidade é tão antiga e óbvia que não nos damos conta da sua importância quando vamos tratar dos assuntos: análise do clima organizacional, melhor convivência e motivação dos colaboradores. Identificar-se e pertencer a um grupo é tão necessário ao ser humano quanto à grande parte dos animais. É por isso que nos unimos em famílias, tribos, torcidas e até gangues. Empresas, governos, partidos políticos e impérios se esfacelam quando o senso de pertinência – o amálgama que une seus participantes – deixa de existir.

Inseridos no contexto e com noção clara do caminho a ser trilhado, gostamos de contar que estamos ajudando a criar a boa história da empresa para a qual trabalhamos. A isto chamamos desenso de pertinência e é ele que nos dá a percepção de participar de alguma coisa maior do que nós. Identificar-se com problemas, dificuldades e sonhos semelhantes fez nossos antepassados se reunirem em clubes sociais; não tem cidade do Novo Mundo, formada por imigrantes, que não tenha o seu clube português, italiano, alemão, polonês ou japonês. Alguns viraram até clubes de futebol. Os gaúchos são bons nisso: a nostalgia dos pampas criou os GTGs – Centro de Tradições Gaúchas – existentes até na Amazônia e no Japão.

Recomendo às empresas que em vez de aplicarem em seus colaboradores doses cavalares de campanhas motivacionais façam esforços inteligentes, sutis e constantes para despertar neles o velho e bom senso de pertinência.

Troque campanhas de motivação por senso de pertencimento

Seja trabalhando em um hospital, na construção de uma estrada, torcendo por um time de futebol, estudando em uma faculdade ou participando de um programa de governo, gostamos de dizer que fazemos parte do projeto e compartilhamos com orgulho desse momento em que a história está sendo construída. Historiadores dizem que os cidadãos romanos de qualquer classe – até os escravos – tinham orgulho de pertencer a Roma, mesmo antes da cidade ser a capital do Império. 

Cria-se senso de pertencimento contando histórias e mostrando o significado de cada trabalho

O senso de pertinência nasce no desenrolar da história que está sendo construída. Por isso, uma das habilidades do bom líder é saber contá-las. As narrativas devem indicar os rumos, as dificuldades encontradas e suas soluções, as estratégias e os benefícios – tangíveis e intangíveis. Só assim as metas serão entendidas e incorporadas pelo grupo.

Cuidado – há perigo na esquina

A população de um país, estado ou cidade, ao sentir a falta de lideranças autênticas e de bons projetos estruturais, inicia um lento e progressivo sentimento de não identificação com a causa – circunstância que levará à deterioração do tecido social e criará uma situação de “salve-se quem puder”.

É o que tem acontecido já há algum tempo com o nosso país: caímos numa anomia profunda, criou-se uma pasmaceira geral que, somada à rapinagem oficial e política descontrolada, obriga compatriotas a buscar outros países e abandonar o senso pátrio – só sentindo-se pertencer ao Brasil em época de Copa do Mundo. Isolados do conjunto maior e sem rumo, nos abrigamos nos grupos sociais da internet. No mundo virtual pelo menos podemos ser aceitos e nos manifestar. Deste período da história não gostaria de participar. Ele não me desafia, só me envergonha.

NAVEGAÇÃO

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    A Arte de Fazer Perguntas

    Meu caminho em direção à verdade consiste em saber fazer as perguntas certas.

    Socrates

    Grandes pensadores também são grandes perguntadores e, movidos pela curiosidade, querem sempre descobrir o porquê das coisas – abstratas ou não. Sócrates foi um mestre perguntador, chegava a irritar os interlocutores quando os encurralava com suas questões, uma após a outra, como um boxeador que leva ao canto do ringue o seu oponente e lhe desfere golpes em cima de golpes, até o nocaute, nesse caso – o surgimento do insight. A história registra que muitos dos seus amigos não gostavam das suas inquisições e tentavam se esquivar porque as perguntas os obrigavam a pensar em profundidade, mas ao final acabavam por concordar com o método, pois a linha de raciocínio imposta pelo filósofo tornava clara as questões mais complicadas. O filósofo dizia não haver uma só pergunta para um problema, mas várias e que era preciso encontrar a pergunta certa para se conseguir o resultado correto.

    Outra filósofa, essa mais contemporânea, Hannah Arendt, ficava horas formulando perguntas a si mesma buscando respostas para suas questões, principalmente as políticas. Ela dizia que conversava consigo mesma em total concentração porque eram nesses diálogos (di-dois; logos-pensamentos) que podia fazer as perguntas mais impossíveis e encontrar as respostas mais assustadoras.

    Não tenha receio em fazer perguntas idiotas e impertinentes

    Não devemos ter receio de fazer perguntas, principalmente as consideradas idiotas e impertinentes, pois são elas as mais preciosas e abrem o caminho para a criatividade. Quando o fluxo criativo, em um trabalho de geração de ideias – brainstorm -, deixa de produzir novos insights, o melhor a fazer é formular estes tipos de perguntas ao grupo. Para quem não está acostumado no início há certo estranhamento, mas a pergunta quando bem colocada irá gerar outras e dessas as melhores soluções. Já as perguntas impertinentes, dessas que ninguém quer fazer, cria-se de início, um choque no interlocutor e o obriga a pensar sobre aquilo que não quer. Para que não te considerem idiota ou impertinente ao formular tais perguntas, diga antes: vou fazer uma pergunta idiota ou impertinente e a partir daí, deixe o fluxo rolar.

    Estimule as crianças a serem curiosas e perguntadores

    São as perguntas que deflagram o processo do aprendizado e estimulam a investigação, por isso, nas escolas, principalmente no ensino básico e fundamental, é importante estimular o espírito da curiosidade nas crianças. Elas já são perguntadoras e curiosas por natureza, cabe aos mestres e aos pais estimular cada vez mais esta característica. Um famoso escritor contou que sempre que chegava da escola seu pai lhe perguntava se havia feito boas perguntas nas aulas e não dado boas respostas. Foi isso que criou nele o espírito investigativo, muito útil na sua profissão de escrever. Algumas perguntas nunca terão respostas: de onde vim, qual o sentido da vida, o que havia antes no universo… e, a famosa “to be, or not to be, that’s the question” – sem resposta desde que o príncipe da Dinamarca a formulou e imortalizou na peça Hamlet.

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    É no cafezinho que a comunicação acontece!

    A Suécia é o segundo país que mais consome café no mundo. Nas empresas suecas há o costume de se parar o trabalho, em qualquer setor, a cada duas horas, para se tomar um cafezinho e discutir o andamento das coisas. Tal hábito cria um ambiente descontraído para que os funcionários possam – entre si – expor e compartilhar ideias. Tirar dúvidas e informar o que estão fazendo. Não é à toa que a Suécia é também um dos países mais inovadores do mundo. A criatividade floresce em ambientes descontraídos.

    Os momentos informais da pausa, quer em uma cozinha adaptada, quer em uma cafeteria sofisticada, servem exatamente para isto: trocar ideias, conversar, comunicar – repartir com os outros aquilo que sabemos. Empresas precisam enxergar estes locais e momentos como “ferramentas da comunicação interna” e não um lugar para se perder tempo e se afastar do trabalho.

    Wilbert L. Gore, fundador da Gore-Tex – considerada em 2011 a empresa mais inovadora dos Estados Unidos -, tem a frase: “A verdadeira comunicação na empresa, acontece na hora do cafezinho, ou na carona para casa”, fechou coro com outro apologista da comunicação tête-à-tête: Mike Bloomberg; dono da agência de notícias econômicas de mesmo nome e ex-prefeito de Nova Iorque. Os escritórios da Bloomberg são organizados de modo que todos os funcionários possam entrar, sair e circular por cada ambiente de trabalho passando por um único ponto central, uma espécie de hall – um roteador de pessoas. Com isto, visam estimular a integração e facilitar a comunicação entre seus colaboradores. A Bloomberg também foi uma das pioneiras em instalar quiosques e cafeterias com sanduíches, snacks e café grátis, para todos os funcionários, em qualquer horário.

    Com certeza é mais barato e eficiente manter esta estrutura e deixar o pessoal conversar à vontade do que algumas custosas e incertas campanhas de comunicação interna. O diálogo ainda é a melhor forma de os seres humanos repartirem conhecimento e trocar informações. Nada substituiu uma conversa em particular, pois quando estamos despreocupados ficamos mais abertos e espontâneos, falamos com mais desenvoltura e a comunicação flui com mais facilidade.

    As mensagens que emitimos pessoalmente são percebidas simultaneamente por todos os sentidos, inclusive pelo sexto sentido – a intuição, pois o tom de voz, a postura e maneiras de se colocar os pensamentos são mais bem percebidas por quem dialoga conosco. 

    Algumas empresas já perceberam os benefícios do sistema “hora do café” e estão adotando-o. Porém, é bom fazê-lo com certo cuidado. É preciso avisar aos funcionários o porquê se está institucionalizando a prática. “É para se trocar ideias, conversar e promover a comunicação da empresa, não para se ficar comentando os resultados do futebol, as últimas da novela ou ficar encostado num canto procurando as redes sociais. Deixar a turma muito à vontade poderá ser contraproducente e a boa oportunidade da comunicação poderá virar uma central de fofocas geradoras de assuntos para a rádio peão. Como qualquer atividade da endocomunicação, é preciso monitorá-la, corrigir os rumos e medir os resultados de tempos em tempos. Lembre-se: os resultados serão sempre cumulativos, por isso paciência.

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    Não vá morrer de sucesso…

    Nos planejamentos de marketing e nas estratégias de vendas, um cuidado quase sempre passa despercebido: atentar para que as ações postas em prática não façam a empresa morrer de sucesso. O preparo é tudo em qualquer atividade humana. Lançar produtos e serviços, sem o devido respaldo para o bom atendimento, pode significar uma bela, inócua e perigosa pirotecnia.

    É comum ouvir frases como: “Investimos muito em equipamentos, maquinários e decoração e esquecemos de treinar nosso pessoal para o atendimento rápido e eficiente”. “Os pedidos foram tantos que não tínhamos como entregá-los”. “Uma greve na Receita Federal e ficamos 100 dias sem os componentes para fabricação.” “Na hora H o fornecedor de embalagem e/ou o pessoal do transporte falhou.” “Nós, literalmente, fizemos sucesso e morremos na praia”.

    São comuns as histórias de empresários que vão atrás de uma boa idéia, investem pesado em equipamentos, maquinários, arquitetura, decoração, ações promocionais e lançamentos festivos e não dão o devido valor ao essencial do negócio: o treinamento de pessoas para gerir esse novo processo.

    O cemitério das boas intenções está cheio de investimentos fracassados que deram mais valor aos cuidados materiais do que ao treinamento dos profissionais que iriam tocar o negócio. “Não vou preparar e qualificar o meu pessoal, porque eles podem ir para a concorrência”, pensa de forma canhestra uma grande parte dos empresários.

    Muitas vezes a empresa obtém sucesso nos lançamentos, começa a atender bem e a vender com razoável facilidade, mas os sete pecados capitais, atentos ao comportamento humano, afloram no ambiente. A possibilidade do lucro fácil faz saltar os olhos dos financeiros e a ganância se instala. Quase que ao mesmo tempo a arrogância toma conta dos atendentes e da diretoria. E pecado capital chama-se pecado capital porque ele é cabeça de chave de muitos outros pecados. Caput!

    Este querer aproveitar ao máximo a boa onda faz a empresa atacar com gula por todos os lados. E à medida que os preços sobem, o acabamento despenca e o atendimento vai para o espaço. “O cliente que nos aceite do jeito que somos, temos de aproveitar ao máximo o sucesso do momento.” Na primeira oportunidade, o cliente, que era fiel por falta de opção, dá o troco e vai embora falando mal, bandeando-se para o lado da concorrência. Algumas empresas gostam de brincar com esta perigosa situação.

    Quem quer vender, quer vender muito e, em se tratando de lançamentos de novos produtos e serviços, é melhor refrear a ansiedade e realizar o trabalho aos poucos. Aprender e ajustar o processo passo a passo e resguardar-se até que todos na empresa estejam mais bem preparados e só depois acelerar para conquistar o mercado com segurança, é mais seguro e duradouro.

    As ferramentas da comunicação, principalmente as de massa, estimulam fácil o consumidor brasileiro, e este pode responder rápido e exigir quantidades que sua empresa não tem para entregar. Lançar-se no mercado sem a devida preparação pode queimar a imagem da empresa para sempre. A pior coisa que pode acontecer para um diretor comercial é vender demais e não ter como entregar o produto ou realizar mal o serviço. Por isso, cuidado, a palavra sucesso significa “aquilo que sucedeu” e este pode ser tão sufocante que sua empresa ou você podem morrer disto. E nada mais triste do que a lembrança “daquilo que poderíamos ter sido e não fomos”.

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    Cuidado! Sua Empresa Mudou de Categoria

    O lutador que é nocauteado quer ser nocauteado.”

    Joe Damascio | Treinador de Cassius Clay

    Observe que nas lutas de boxe das categorias mais leves, tipos mosca, pena e galo, os lutadores se digladiam com violência e dificilmente caem. E, nas lutas dos pesados, um soco só, bem colocado, derruba o lutador, levando-o quase sempre a nocaute. No mundo corporativo é a mesma coisa; pequenas e médias empresas brigam desesperadamente, passam por extremas dificuldades e raramente saem de cena. Para as grandes, um golpe certeiro, fora de hora, pode colocar tudo a perder. Quantas empresas de grande porte não vimos cair aos pedaços, indo à lona por decisões desastradas de estratégia, descuido, baixa de guarda e, muitas vezes, até pela vaidade ilimitada dos seus dirigentes e proprietários?

    Por isso, fique atento: sua empresa pode ter mudado de categoria e você ainda não percebeu. Será que ela é ainda a pequena ou média empresa que você pensa que é ou já subiu para uma categoria maior e não o avisaram? Se isso aconteceu, é bom começar a tomar as devidas providências para sobreviver ao novo estilo de luta. O patamar dos pesados exige maior atenção, pois os concorrentes serão mais agressivos e olharão para sua empresa com outros olhos e interesses. Você passou a incomodá-los. Lutar na categoria dos “de cima” não dá muito espaço para ingenuidade, falta de malícia, descuido, pausa para descanso e baixa de guarda. As modalidades das categorias mais pesadas exigem dureza no preparo físico. O lutador tem que estar preparado para aguentar os dez assaltos normais da luta e mais alguns se for necessário. O treinamento é mais exigente, preparadores físicos, técnicos e sparrings extremamente profissionais, e a atenção à luta deve ser redobrada.

    O preparo do pessoal que atualmente trabalha na empresa é outro. Aliás, está na hora de rever o seu quadro de colaboradores. Eles servem para o novo estilo de luta ou estão assustados e perdidos? Pois é aí que está o perigo: muitas empresas sobem de ranking e as cabeças dos dirigentes e colaboradores permanecem como se estivessem ainda nos velhos tempos. Na luta dos pesados, as estratégias de marketing, vendas e gestão devem ser trabalhadas com inteligência e refinamento. O planejamento comercial deve ser audaz e ao mesmo tempo cauteloso. O apoio às vendas, aos representantes, lojistas e vendedores precisa de atenção constante. A nova ordem para a equipe é: deixem de pensar pequeno.

    O velho folheto mal acabado e sem graça já não serve mais. As comunicações internas e externas passam a ser ferramentas de vital importância e necessitam de profissionais habilitados. Seus anúncios não circulam somente na região e sim em mercados maiores. E cuidado com esta história de “eu tenho um sobrinho que faz mais barato”. Isto pode sair muito caro. Existem trabalhos para escoteiros mirins e para fuzileiros navais, aprenda a diferença.

    Nem tudo são espinhos neste novo cenário, se as exigências cresceram, as recompensas também são maiores. É por isso que as luvas (dinheiro pago aos lutadores) de um peso pesado sempre são maiores do que as das outras categorias. Existem poucos Tysons, Holyfields e Foremans e muitos Popós.

    Por isso, tome cuidado quando sua pequena, risonha e franca empresa começar a crescer. Atente aos conselhos do velho treinador Marck (Clint Eastwood, no filme “A Menina de Ouro”): “Proteja-se sempre. Proteja-se sempre. Não baixe a guarda nunca.” Você pode levar uma e nem saber porque saiu de cena.

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    É uma questão de perspectiva…

    O tema parece estar batido, mas basta uma pandemia global para nos lembrar a importância da perspectiva com que olhamos as coisas, o nosso mindset!

    Em meio a tantas mudanças acontecendo sem nenhum aviso prévio, acabamos por esquecer de nos perceber. Ao estar sobrecarregado com incertezas e insegurança sobre o futuro, adotamos um estado constante de estresse emocional, oriundo de um ambiente social, político e econômico totalmente novo. Em meio a essa turbulência, é bem provável que muitos liguem o modo automático e voltem àquilo que sabem fazer de melhor: reagir do jeito que der!

    Adotar novos comportamentos já é bem complicado quando temos uma rotina conhecida, um ambiente controlado em que se possa experimentar. Várias preocupações pipocam o tempo todo: quanto tempo a quarentena irá durar? Continuarei tendo minha renda? Quanto dinheiro preciso guardar? Será que me adapto à nova rotina? Será que conseguirei me organizar?… Elas não param de surgir!

    Profissional estressado - Modelo Mental
    Diante de situações estressantes, nosso cérebro tende a entrar em “modo emergência”, buscando formas mais automáticas de lidar com a situação, porém nem sempre é o comportamento mais adequado.

    São muitas coisas que podem tirar nosso foco e realmente é bem compreensível que tenhamos um “pequeno” surto de ansiedade, porém é preciso quebrar esse ciclo e começar a nos perceber. Focar naquilo que não podemos mudar é um jeito atrativo de esgotar toda as energias, mas é bem pouco efetivo para resolver os problemas.

    Nessas horas, adotar um modelo mental que permita avaliar o que está ao alcance, tendo consciência do ambiente, pode ser de grande ajuda. Não só para passar por essa crise com o menor prejuízo possível, mas também para que seja um grande aprendizado de vida.

    Dedique-se ao que pode mudar

    Não escolhemos se teremos ou não prejuízos na renda familiar, mas temos controle sob a qualidade de entrega do nosso trabalho. Não sabemos o quanto de dinheiro precisaremos guardar para enfrentar essa fase, mas temos controle sob os gastos que podemos ou não cortar. Há uma infinidade de variáveis que não podemos controlar, mas outra infinidade de atitudes que podem influenciar diretamente nelas.

    Além disso, este é um ótimo momento para questionar aquelas nossas verdades e a melhor forma de fazê-lo é pedindo ajuda, buscando conselheiros. Abandone a ideia de que sua experiência é suficiente para lidar com tudo, busque ouvir verdadeiramente o que os outros têm a ensinar e, pelo menos, experimente antes de bater o martelo.

    Adotar este mindset não é garantia de que terá sempre um bom resultado, no entanto, é com certeza um ótimo modo de ampliar suas chances de sucesso.

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    Como Construir Objetivos Comuns?

    Já falamos do quão essencial é ter um objetivo comum, porém construí-lo exige atitudes colaborativas. Ao contrário do que muitos podem pensar, não é simplesmente definir os objetivos, fechado em uma sala de escritório e mandar colocar em um quadro bem produzido. Esses objetivos precisam estar incutidos em cada um dos envolvidos e isso não pode ser feito simplesmente numa determinação top-down. Na verdade, exige mais ouvidos bem afinados do que cordas vocais fortes.

    Para conseguir ouvir verdadeiramente os outros, é preciso vê-los como alguém que têm algo tão importante a dizer quanto você, colaborações tão relevantes e significativas quanto as suas. Se tendemos a levar toda conversa como um cabo de força, argumentando para ver quem tem mais razão ou aceitando simplesmente pelo outro ter mais poder, dificilmente conseguiremos chegar ao objetivo comum.

    Isso pode ser um grande desafio para muitos de nós e, por isso, daremos três dicas importantes para construir um verdadeiro objetivo comum:

    Ver os outros como sendo tão importantes quanto eu

    Se, ao conversar com alguém, sente-se melhor, mais importante, mais experiente, dificilmente levará em consideração o que o outro tem a dizer. O contrário também não ajuda, ao ver-se como menos qualificado, com menos poder hierárquico e experiência, possivelmente deixará de compartilhar ideias relevantes para os resultados.

    De fato, tendemos a nos comparar com os outros mais em termos de “maior” ou “menor” em tudo e menos como sendo tão importantes quando nós. O importante é aprimorar a autoconsciência para identificar esse processo, que chamamos de Autossabotagem.

    Humanize a figura do outro

    Embora seja de grande ajuda, só identificar a autossabotagem não irá solucioná-la. Sempre nos vemos como vítimas ou donos da razão quando entramos nesse processo, porém todos tivemos uma história de vida que nos leva a ser do jeito que somos. Busque saber mais da história de vida do outro, humanize-o e procure entender os porquês de ele agir de determinada maneira, tente compreender suas motivações e atuar sobre elas.

    Tenha conversas de alinhamento

    A única forma de humanizar a figura do outro e chegar a um objetivo comum é a comunicação, simples assim. Aplicativos, programas mirabolantes ou relatórios bem detalhados não terão eficiência se você não consegue ter uma boa comunicação com o outro. Portanto, tenha conversas constantes de alinhamento e, se não tiver resultado, busque alternativas na sua forma de comunicação, afinal você só controla suas próprias atitudes.

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    Unir para conquistar

    O que faz um aglomerado de pessoas ser chamado de organização? A resposta é bem simples, mas transformar teoria em prática não é uma tarefa fácil, nem tão pouco simples. Grande parte de nós temos a ideia de que o mundo nas empresas é resumido em competição e concorrência. Viemos de uma cultura global em que precisamos dividir para conquistar, dominar e persuadir para que nossa vontade seja feita, acumular poder para usá-lo a nosso favor.

    Porém, os tempos estão mudando, estamos vendo cada vez mais os impactos negativos que a competição e foco nos objetivos individuais podem gerar. São verdadeiros cabos de força entre colaboradores para ver quem é que manda mais, quem consegue colocar em prática as suas próprias vontades e, enquanto isso, a efetividade e recursos da empresa vão se esvaindo.

    Mais do que nunca ouvimos definições de “cultura”, “propósito” e “jeito de ser” das organizações. Nada mais é do que a definição de objetivos comuns, algo que busque unir a todos, somando forças, na construção em uma só direção.

    Objetivos Comuns

    Se antes da crise, construir objetivos comuns, já vinha sendo o sonho de muitas empresas, em tempos de quarentena é uma questão de necessidade. Assim como em outros momentos da história, é preciso buscar união, otimizar recursos e focar no essencial. Hoje, todos os recursos precisam ser utilizados de modo consciente e direcionados aos objetivos da organização, não há mais espaço para ego ou caprichos.

    Diversas vezes, durante nossos treinamentos, ouvimos participantes dizerem “eu não tenho nada em comum com aquele colaborador” e isso é muito grave. Todos nós deveríamos partir do pressuposto de que, se trabalhamos na mesma empresa, temos algo em comum com qualquer colaborador dela. Inclusive, trabalhar na mesma empresa deveria ser sinônimo de buscar os mesmos objetivos.

    Objetivos comuns são essenciais para atingir a eficiência e otimizar os recursos que os tempos de hoje exigem. Independente de ser líder de equipe ou não, a atitude deve ser a de ouvir atentamente o que seus pares, superiores, cliente internos ou externos e liderados têm a dizer, identificar pontos em comum entre eles, articulando objetivos para chegar a um que sejam comum a todos. Só assim estará unindo para conquistar.

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    Como Liderar à Distância?

    Se fazer a nossa própria gestão em home office já é um grande desafio, imagine fazer a gestão da equipe? Muitas das dicas que já demos nos outros artigos poderão ajudar, mas, aqui, essa dica é essencial: teste variações e busque o que gera os melhores resultados.

    Além dessa, temos mais 5 dicas específicas para ajuda-lo na gestão da sua equipe:

    1# Mantenha os objetivos e metas visíveis e atualizados

    Assim como já dizia o físico William Thompson no século XIX, “aquilo que não se pode medir, não se pode melhorar”. Todos estão rodeados de potenciais distrações durante o tempo todo e, ter foco, não é nada fácil, ainda mais quando cada um está em sua própria casa. Por isso, ter objetivos e metas claras, acordadas entre todos e diariamente acompanhadas é essencial para manter os esforços na direção certa.

    Faça reuniões frequentes ou adote alguma ferramenta que lhe ajude a manter todos informados sobre o status dos objetivos, indicadores e metas. Isso ajudará a manter contato constante com o que realmente precisam fazer.

    2# Faça acordos de convivência com sua equipe

    Assim como você, seus liderados também precisam se adaptar a uma nova realidade. Portanto, não espere que a situação se complique para tratar sobre as necessidades, dificuldades e objetivos envolvidos. Encontre modos de conciliar as questões de cada um com os objetivos e metas traçadas.

    Documente o que combinaram para que possa servir de consulta, tanto para você quanto para os seus liderados. Altere sempre que necessário e mediante o acordo prévio de todos.

    3# Follow up é essencial!

    Utilize sua agenda para organizar os follow-up que precisa acompanhar. Se sua equipe não está tão habituada com o home office, o ideal é combinar check points entre vocês, antes do prazo final de entrega. Isso ajudará tanto a identificar as principais dificuldades que sua equipe pode estar enfrentando nesse momento de adaptação, quanto ter tempo para correções antes que o prazo expire.

    4# Feedback também!

    Assim como o follow-up, o feedback também é uma ótima ferramenta de home office. Porém, é preciso ser um líder facilitador e não cobrador de tarefa. Tenha conversas individuais constantes com seus liderados para abordar o que está funcionando e o que não está, identifique o que você pode fazer para ajuda-los nesse processo, seja através da sua mentoria, remanejamento de atividades, treinamentos técnicos, etc.

    Também encoraje sua equipe em lhe dar feedbacks e atue sobre eles, isso lhe ajudará a afinar ainda mais sua gestão à distância, além de reduzir a falta de contato que o home office normalmente gera.

    5# Não deixe de fortalecer o relacionamento

    Não deixe que o distanciamento social esfrie o relacionamento entre você e sua equipe. Promova momentos de distração e convivência, utilize as videochamadas para jogar conversa fora ou até mesmo organizar um happy hour. Isso ajudará a fortalecer o relacionamento de todos, mesmo à distância.

    O importante é evitar só ter contato com eles para falar de trabalho, mostre que você se importa com seus liderados, ajude-os a passar por essa fase e contribua para criar um clima de colaboração e ajuda mútua, mesmo estando cada um em casa.

    Home Office Efetivo

    Juntos somos mais fortes!

    Pensamos que estas dicas não sejam só para tornar o home office mais efetivo, na verdade, tentamos trazer recomendações para a vida que parece estar mais próxima.

    O que podemos dizer é que, cada vez mais, percebemos que a união de pessoas ocorre menos por questões de origem e espaço físico e mais por suas convicções, objetivos e motivações. Ninguém sabe como o mundo será de 2020 para frente, no entanto, com certeza, terá sido feito por aqueles que conseguiram se unir em torno de um objetivo comum, pelo empenho em torna-lo realidade.

    Pensando bem… Acreditamos que todas as crises do passado sempre foram superadas por pessoas assim, ou melhor… pela união de pessoas assim! Portanto, aproveite esse momento para unir, para transcender “aquelas verdades” que limitam o seu potencial. Busque construir e apoiar, deixe-se inspirar e inspire.

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    No alto escalão, a maior preocupação dos empresários no país é de curto prazo.

    No alto escalão, a maior preocupação dos empresários no país atualmente é de curto prazo, segundo Márcio Graf Welter, um dos diretores da LUMEN. Na última semana, ele realizou mentorias gratuitas com empresários brasileiros de diversos setores e pequenos empresários da Nova Zelândia e Cingapura. “Os executivos e empresários estão se perguntando agora se precisam demitir para entregar os resultados acordados no início do ano”, diz Welter. Uma das possíveis lições da crise, defende o especialista em produtividade e mentalidade corporativa, é que os executivos vão aprender a decidir de forma mais colaborativa. Para sair desse caos, as empresas precisam ouvir outras e os presidentes, o seu grupo executivo. Vamos depender mais dos outros para tomar decisões importantes”.

    Leia este artigo completo no Valor Econômico.