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ARTIGO: PROPÓSITOS

Qual é o seu grande propósito de vida?

Esses dias caminhando pelo shopping, buscando os presentes que ainda faltam para o grande dia do Natal, encontrei com uma amiga de mais de 20 anos. Como não podia ser diferente, sentamos para tomar um café e relembrar alguns acontecimentos interessantes de todo esse percurso: momentos de diversão, pesar, conquistas, namoros… Tudo aquilo que vocês sabem que existe quando conhecemos uma pessoa com esse tanto de tempo pra trás.


Não podiam faltar histórias das nossas viagens de fim de ano: Búzios, Florianópolis, Ilha do Mel… Até Copacabana (essa inesquecível pelo fato de que só foi possível entrar no ônibus às oito da manhã do dia 1.º de janeiro). Entre muito champagne, bacalhau e uvas (daquela simpatia dos 12 pedidos), lembrávamos de todas as promessas que fazíamos para o ano seguinte: vida fitness, mochilão pelo mundo, doar a cabeleira, parar de beber… Enfim, foi um encontro e tanto com aquela amiga tão querida.

Voltando pra casa, me peguei pensando: “e por que não conseguíamos sobreviver àqueles propósitos nem mesmo até o meio do ano (alguns até mesmo no carnaval já estavam sepultados)?”

Muitas vezes estamos aí vagando entre muitas ideias e promessas que gostaríamos de realizar, porém, a rotina do dia a dia, ou algum outro projeto que vai de encontro com àquele inicial, acaba  nos desmotivando e começamos a colocar desculpas para não seguir nossos planos (aquele churrasquinho de final de semana, aquela festa open bar, aquele novo namoradinho que ama minhas lindas mechas…), sim ou não?

Minha reflexão desse dia e que continuo agora com vocês é: quão importante é ter claro nosso propósito de vida! Aquele norte que nos motiva a acordar todas as manhãs e que dá sentido e direção às nossas ações!

Napoleon Hill, um dos escritores mais vendidos dos últimos anos, com best sellers como "Pense e enriqueça" e "Mais esperto que o diabo", diz que “todos que se tornam autodeterminados em suas vidas irão infalivelmente encontrar o sucesso” e reforça ainda sobre a importância de se ter um "objetivo principal definido" como uma das suas principais "16 leis para alcançar o sucesso".

Entre os grandes escritores, não é somente Hill que disserta sobre o tema. Victor Frankl é outro escritor (psicólogo, psiquiatra e filósofo) que sobreviveu a um dos campos de concentração mais letais durante o Holocausto, o de Auschwitz. Frankl é autor do famoso livro “Em busca de sentido”, onde relata o quão importante é encontrar esse sentido como o grande fator que torna possível o homem sobreviver a situações difíceis.

 

Agora que nos aproximamos novamente ao Réveillon, temos novamente uma oportunidade de refazer alguns propósitos e eu quero convidá-los (a mim também, na verdade) a refletir sobre qual é esse meu grande propósito de vida que dá sentido a todos os demais? Quais são as crenças mais profundas que guardo que podem afetar a minha busca por realizá-lo? Quais são os meus cinco principais valores que definem minhas grandes decisões, pessoas e ambientes que frequento?

 

Com isso claro, ou pelo menos um rascunho a ser profundamente analisado, eu poderei começar a traçar os planos para o ano de 2022, que diferentes daqueles juvenis que foram motivo da resenha com essa querida amiga em meu último passeio pelo shopping, terão seu devido valor quando vierem aqueles momentos de conflito com novos projetos ou algo que possa ser um entrave para continuar meu caminho de realização pessoal

Boa "sorte" para nós e um excelente ano de 2022 a todos.

Talita Alves - Trainer e Especialista em Efetividade e Gestão do Tempo.
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Não mudamos a marca, ela evoluiu.

A essência continua a mesma, o propósito cada vez maior.

A LUMEN Academy impacta a vida de 30 mil profissionais com base em 4 pilares que fortalecem as pessoas e as organizações.

“O nosso papel é trazer luz para a vida das pessoas e o nosso diferencial é trabalhar com metodologias consolidadas, trazendo ferramentas simples e aplicáveis tanto na vida profissional como na vida pessoal — É assim que ajudamos as pessoas a ganharem o jogo da vida.”

Marcio Welter

O Desenvolvimento humano sempre teve grande importância em nossas vidas e recentemente passamos a perceber mais isso. Atuando desde 2014, no segmento de Educação Corporativa, Consultoria, Treinamentos, Coaching e Mentoria de executivos e colaboradores, com diversas parcerias globais líderes em seus setores como da Arbinger  em modelo mental (Mindset),  da Culture Partners Accountability, e da RAIN Group em vendas consultivas e virtuais, além de metodologias  criadas aqui por seu fundador, Marcio Welter, como o  Mindsetividade, de produtividade, efetividade para gestão de tempo e reuniões, e o Conversas que Conectam, a Lumen Academy se transforma para ser um amplo Centro de Pensamento em Desenvolvimento Humano para o mundo.  

Um grande espaço de conteúdo aberto para as empresas buscarem o que necessitam para aprimorar sua performance. Com 6 mil turmas, 30 mil profissionais — entre pessoas e organizações impactadas — dentre Volvo, Itaú, Sicredi, Bradesco, CPFL, Embraer, Microsoft, Natura, Nestlé e Siemens, entre outras, o grupo se notabiliza por levar às empresas soluções simples e acessíveis em treinamentos de comunicação, efetividade, liderança, propósito e autoconsciência. 

LUMEN, porque vem trazer luz à vida de pessoas e empresas para que encontrem o melhor caminho para vencer o jogo da vida. Academy, porque através de modelos de aprendizagem entrega ferramentas simples e práticas, conteúdos adaptáveis à realidade do seu público e focados na obtenção positiva de resultados.  

Anos de treinamentos presenciais realizados principalmente nas cidades de São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Brasília, há quase dois anos, o foco se voltou para o home office no auxílio às empresas a fim de manter equipes produtivas e sãs diante do caos do isolamento social. Hoje, já com um braço na América do Norte, com representação no México, realiza o papel de intérprete dos desafios cotidianos latentes no novo ambiente corporativo, presencial ou híbrido  

Traduzidos através de modelos simples, relevantes e de fácil aplicação, adaptados ao ritmo das mudanças e transmitidos por uma equipe diversa de facilitadores exclusivos, a LUMEN Academy está localizada em diferentes estados do país e se coloca pronta a oferecer o conteúdo personalizado que facilita a obtenção dos resultados desejados por cada empresa. Através desses resultados, A LUMEN Academy tem criado sólidas parcerias com grandes, médias e pequenas empresas dos mais diversos segmentos, como bancário, governamental, energético, automobilístico, varejista, entre outros, com quadros cada vez mais complexos de colaboradores e equipes a serem lideradas, no desafio diário de alinhar todas as frentes em um mesmo objetivo.  

A fórmula base dos programas oferecidos na LUMEN Academy é fortemente alinhada à autoconsciência e fundamentada em uma pirâmide de quatro níveis: Comunicação, Efetividade, Liderança e Autoconsciência/Propósito. Segundo o que ensina em seus programas, a comunicação é a ponte com o outro, por isso é fundamental que seja bem sucedida, para venda ou relacionamento com o cliente, fornecedores, superiores e equipe. A efetividade das tarefas e ações é medida pelo impacto gerado, por isso requer uso inteligente de energia, recursos e de tempo, com alta qualidade do Sim. Somente uma liderança forte, humana e estratégica multiplica cultura e inspira o time para se superar, o que leva ao alcance da felicidade, satisfação e melhores resultados. Mas tudo isso não acontece sem o perfeito entendimento do Porquê (motivação) e do Para quê (direção), evitando os descaminhos e fazendo pessoas e organizações optarem pela verdadeira transformação  

 “O objetivo central de nossas soluções é gerar impacto nos objetivos, metas e na visão de mundo dos colaboradores”, explica Marcio Welter, CEO da LUMEN Academy. “Com um modelo mental aberto, mais produtivos e efetivos seremos, alcançando genuinamente tanto os objetivos pessoais, quanto organizacionais”. 

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A Pedrinha no Sapato

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Conversando com um amigo meu sobre algumas situações que estava presenciando no meu dia a dia, percebi que em muitos momento não colocamos pra fora aquele sentimento de incomodo que muitas vezes sentimos, com relação a algo que alguém fez para nós, ou para outra pessoa… alguma atitude que não é positiva pra gente.

Nestes momentos, muitas vezes preferimos guardar este sentimento no nosso mais profundo ser e tentamos sufoca-los com justificativas como, “não quero perder meu tempo com isso”, “não vou ser chato em comentar com a pessoa sobre isso”, “não vai adiantar nada comentar o que eu sinto ou senti” e de uma maneira meio que involuntária queremos acreditar que “vai que as coisas mudem e que isso foi apenas algo momentâneo”.

Por ironia do destino, estas coisas na maioria das vezes não são momentâneas e tornam a se repetir, uma, duas, três, várias vezes e isso vai se tornando uma ferida aberta, que dói, que machuca e que rouba nossa energia. 

Se eu pudesse fazer uma analogia, diria que estes problemas são como pequenas pedrinhas, quase do tamanho de grãos de areia, que entram em nosso tênis quando estamos correndo.

Quando estamos lá no auge da nossa corrida, sentimos aquele grãozinho nos incomodar, mas está tão gostoso correr que eu não quero perder este momento ou o meu tempo tendo que tirar esse negócio tão pequeno do meu tênis. Você continua, na mais alta velocidade até que este pequenino problema se atrita tanto com a sua pele que ele começa a gerar uma ferida.

Esta ferida depois de um tempo começa a inflamar e você se vê em uma situação que a corrida já não vai mais poder acontecer, porque você deixou algo tão pequeno abrir uma ferida em seu pé e tornou aquilo que você gosta tanto de fazer em algo doloroso, que não gera mais o mesmo prazer que antes.

Quantas vezes deixamos estas pequenas pedrinhas nos ferirem em nosso dia a dia e perdemos a animação ou a motivação em continuar em nossa corrida? Coloque para fora, exponha seus pontos de vista, seja protagonista de suas ações. O pequeno hoje, pode se tornar a grande ferida de amanhã.

O que parece não ser algo doloroso hoje pode te fazer desistir, te desanimar, te fazer parar no futuro! Assuma o controle de seu destino, porque ficar esperando a mudança sem ser o agente de mudança é colocar o destino na mão do acaso. Lembre-se sempre, a mudança começa em você!

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    Mudamos! Mas para onde?

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    Faz um ano que nosso mundo virou de cabeça para baixo e fomos obrigados a mudar muita coisa. A bola da vez em 2020 foi Mudança de Mindset e o mais incrível é que em 2021 temos o mesmo cenário. 

    Mudança é uma constante nas nossas vidas e quem, mais rápido muda, mais rápido consegue chegar aonde quer. Mudar faz parte da vida, já dizia o filósofo Heráclito “nada é permanente, exceto a mudança”, por isso é importante entender o que se precisa mudar antes de mudar. 

    Empresas lutam diariamente para focar na necessidade de mudança e gastam horas e horas em aulas, calls e treinamentos para preparar seus colaboradores para a urgência de mudar. Ok, o que havia antes da pandemia é passado, vamos em frente por novos caminhos e fronteiras. Mas, para onde vamos? 

    Vejo muitos querendo mudar e mudando, mas sem saber no que mudar. 

    Aquele famoso “Erre rápido, corrija rápido”, que usamos muito no dia a dia. 

    Precisamos mudar este conceito para “Erre rápido, aprenda rápido e corrija rápido”. Por que digo aprender rápido? Porque precisamos criar consciência de onde estamos e para onde vamos para que a mudança ou correção seja o mais assertiva possível, caso contrário vamos fazer diversas mudanças sem saber para que estamos mudando. 

    Mudar, segundo Sócrates, tem um caminho: “O segredo está em concentrar toda a sua energia, não na luta contra o velho, mas na construção do novo”. 

    Para criarmos um mundo novo, precisamos perceber o que está acontecendo e criar uma nova realidade a partir desta que já temos. Isso vem de como eu consigo me perceber e compreender o que acontece ao meu redor o tempo inteiro. 

    Quer mudar? Abra sua mente para o que o outro tem a dizer para você, mas de forma genuína, pois enquanto você quer mudar, mas não é capaz de se ouvir e ouvir os demais, as mudanças não irão acontecer, pois o centro de toda mudança está na sua visão de mundo e ela é sua.

    Já se questionou se sua visão de mundo é sempre a luta contra o velho ou o entendimento do que acontece a sua volta? 

    A mudança é uma constante e saber o mudar é tão importante quanto mudar. Percebe rápido, aprende rápido, corrija rápido. Entenda o tempo inteiro se a mudança que você quer está embasada no seu Norte, o que você quer da vida, da estratégia de sua equipe, de sua empresa ou em uma reação impulsiva do momento, em que terá que voltar atrás por não ter pensado antes de sair mudando?

    Quer mudar? Pense antes em qual é a mudança.

    Algumas dicas para perceber mais no seu dia a dia que tipo de mudança você quer:

    1. Como esta mudança está conectada com o meu Norte, estratégia ou visão de futuro?
    2. Coloque no papel (ou em qualquer outro lugar) o que você almeja com esta mudança;
    3. Qual o gasto que você terá com esta mudança (energia, emocional, tempo, dinheiro, etc.?
    4. Coloque no papel qual o impacto desta mudança para você e para os outros;
    5. Esta mudança realmente muda o jeito de faz as coisas? 
    6. Durma com o que você quer mudar;
    7. Tenha um mentor, consultor ou uma pessoa em que você confia para expor o plano e deixar esta pessoa dar o ponto de vista dela

    Mudar faz parte da vida. Agora, saber no que mudar é uma arte e ela não vem por osmose. Trabalhe nela e verá que as mudanças são mais efetivas e menos estressantes para você, seu departamento, sua empresa. 

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      Senso de Pertencimento

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      A ideia de pertencer a uma comunidade é tão antiga e óbvia que não nos damos conta da sua importância quando vamos tratar dos assuntos: análise do clima organizacional, melhor convivência e motivação dos colaboradores. Identificar-se e pertencer a um grupo é tão necessário ao ser humano quanto à grande parte dos animais. É por isso que nos unimos em famílias, tribos, torcidas e até gangues. Empresas, governos, partidos políticos e impérios se esfacelam quando o senso de pertinência – o amálgama que une seus participantes – deixa de existir.

      Inseridos no contexto e com noção clara do caminho a ser trilhado, gostamos de contar que estamos ajudando a criar a boa história da empresa para a qual trabalhamos. A isto chamamos desenso de pertinência e é ele que nos dá a percepção de participar de alguma coisa maior do que nós. Identificar-se com problemas, dificuldades e sonhos semelhantes fez nossos antepassados se reunirem em clubes sociais; não tem cidade do Novo Mundo, formada por imigrantes, que não tenha o seu clube português, italiano, alemão, polonês ou japonês. Alguns viraram até clubes de futebol. Os gaúchos são bons nisso: a nostalgia dos pampas criou os GTGs – Centro de Tradições Gaúchas – existentes até na Amazônia e no Japão.

      Recomendo às empresas que em vez de aplicarem em seus colaboradores doses cavalares de campanhas motivacionais façam esforços inteligentes, sutis e constantes para despertar neles o velho e bom senso de pertinência.

      Troque campanhas de motivação por senso de pertencimento

      Seja trabalhando em um hospital, na construção de uma estrada, torcendo por um time de futebol, estudando em uma faculdade ou participando de um programa de governo, gostamos de dizer que fazemos parte do projeto e compartilhamos com orgulho desse momento em que a história está sendo construída. Historiadores dizem que os cidadãos romanos de qualquer classe – até os escravos – tinham orgulho de pertencer a Roma, mesmo antes da cidade ser a capital do Império. 

      Cria-se senso de pertencimento contando histórias e mostrando o significado de cada trabalho

      O senso de pertinência nasce no desenrolar da história que está sendo construída. Por isso, uma das habilidades do bom líder é saber contá-las. As narrativas devem indicar os rumos, as dificuldades encontradas e suas soluções, as estratégias e os benefícios – tangíveis e intangíveis. Só assim as metas serão entendidas e incorporadas pelo grupo.

      Cuidado – há perigo na esquina

      A população de um país, estado ou cidade, ao sentir a falta de lideranças autênticas e de bons projetos estruturais, inicia um lento e progressivo sentimento de não identificação com a causa – circunstância que levará à deterioração do tecido social e criará uma situação de “salve-se quem puder”.

      É o que tem acontecido já há algum tempo com o nosso país: caímos numa anomia profunda, criou-se uma pasmaceira geral que, somada à rapinagem oficial e política descontrolada, obriga compatriotas a buscar outros países e abandonar o senso pátrio – só sentindo-se pertencer ao Brasil em época de Copa do Mundo. Isolados do conjunto maior e sem rumo, nos abrigamos nos grupos sociais da internet. No mundo virtual pelo menos podemos ser aceitos e nos manifestar. Deste período da história não gostaria de participar. Ele não me desafia, só me envergonha.

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        Você errou… Parabéns!

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        Empresas apregoam aos seus funcionários que evitem erros e dão ordens quase sempre ameaçadoras: antes de agir, eles devem analisar com extremo critério todas as possibilidades e relacionar cuidadosamente os prós e os contras; devem investigar todas as alternativas, sendo reflexivos e ponderados, sem se esquecer de usar o caríssimo e complexo software de análise estatística, pois a qualquer deslize o bicho papão da demissão os pegará. Ora, ao cercear as possibilidades de erro, a empresa não inovará nem fará com que suas equipes sejam criativas – a maior exigência do mundo atual – e criará um bando de carneirinhos adeptos ao “Yes, Sir!”. Funcionários podem ser criativos em casa, na rua, com os amigos e com seus hobbies, mas ao bater o cartão ponto deixam de sê-lo. A ordem não se pode errar é a mesma de não se pode ousar, criar e inovar. Quem não está disposto a arriscar não vai ser criativo e inovador nunca.

                 Este contexto é contraditório, pois ao mesmo tempo em que se prega a necessidade da inovação solicita-se o extremo cuidado na tomada de decisões. É por isso que temos tanta gente com muita capacidade para dizer “não” e pouquíssima com capacidade para dizer “sim”. Hoje, as decisões, quando acontecem, são repartidas em comitês porque ninguém tem a coragem de se arriscar. Com isso emperram-se os processos, perde-se tempo e as oportunidades irão bater à porta da concorrência. Gente criativa não fica em empresa castradora; se ficar será tão infeliz que não vai ajudar em nada.

                 Dirigentes precisam entender que produtos campeões nasceram muitas vezes de erros históricos e que foi preciso errar muitas vezes para se chegar a uma solução satisfatória. Não estou fazendo apologia as falhas grosseiras, chulas, advindas da falta de atenção ou do relaxo, estas devem ser punidas. Erros oriundos de iniciativas de se fazer melhor devem ser incentivados. 

         Não aprendemos com os erros, mas com a correção deles.

        Se cometemos um erro que custou 10 reais e não aprendemos, pagamos caro; mas se cometemos um erro que custou mil reais e aprendemos, pagamos barato. Nesta paráfrase de uma afirmação do filósofo Shopenhauer, entendemos que não é exatamente com os erros que aprendemos, mas sim com a correção desses erros. 

                 Ao iniciarmos um novo projeto não devemos ter medo de errar; aliás, devemos sim errar bastante – e quanto mais cedo errarmos, melhor. Se não deu certo, não tem importância: o aprendizado nos ajudará a recomeçar os projetos já com a expertise incorporada. Se ao longo de um processo não erramos em nada, com certeza é sinal de que também não inovamos. Processos, sistemas e projetos precisam ser corrigidos sempre. Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo disse: “Se a cada dez tentativas errarmos quatro, isto não é errar.”

         O medo de arriscar inibi a criatividade e a inovação

        O receio de se arriscar, hábito que aprisiona e inibe a criatividade, tem a ver com o julgamento e a culpa, frutos de uma busca de perfeição desnecessária, pois nem sempre os trabalhos empresariais precisam ser perfeitos. Sendo menos rigorosos com o nosso desempenho enfrentamos melhor os desafios e compreendemos que uma bola na trave vale mais do que uma para fora. Bolas na trave indicam que estamos muito perto do ideal e que não podemos nos acomodar. O repartir das tentativas e das correções motiva a todos e os mobiliza na busca do rumo correto. 

        Zonas de conforto induzem ao medo de errar e à imobilidade. Por outro lado, não é bom ficar preso aos erros do passado e em lamentações sem fim. Tal atitude só piora a situação. Um dos truques para se livrar dessa culpa é rememorar o erro (pela última vez) criando uma história fictícia, é claro, mas com final feliz para a situação e repeti-la algumas vezes. O erro e a culpa irão embora da nossa mente e estaremos preparados para cometer novos erros e, com certeza, com a capacidade criativa liberada. Ao nos livrarmos do medo dos erros, um novo e brilhante caminho em nossa carreira será aberto.  

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          Conheça sua Medida

          Certa vez o escritor José Saramago deu o seguinte
          depoimento: “Um dia percebi que deveria ficar atento aos meus limites e esses
          marcariam uma linha a qual eu não deveria ultrapassar. Seria como saber o alcance
          das minhas competências. Resolvi, então, ficar dentro delas e, curiosamente,
          foi a partir dessa resolução que o meu mundo se expandiu. Saber o tamanho das
          minhas pretensões deixou-me livre para escrever com mais facilidade”.

          Estar ciente dos nossos limites, competências e
          pretensões é sinal de sabedoria. Muitos se esforçam tanto para ser o que não
          são que se esgotam em ações vazias e resultados pífios. Saber até onde podemos
          ir nos dá serenidade de espírito, tranquilidade para trabalhar e um caminhar
          menos estressante. Resultado: o mundo se abre para nós e os limites
          naturalmente se expandem. É um paradoxo, mas é assim que funciona.

          Ao adotar tal atitude, em vez de diminuir o espaço das
          nossas ações, aumentamos, porque seremos senhores dos nossos pontos fortes e
          fracos e saberemos o que é adequado fazer ou não. Agindo assim, cometemos menos
          erros.

          A constante auto-observação sobre o próprio modo de
          agir nos fará entender melhor nossas qualificações, nos dirá até aonde
          poderemos chegar com naturalidade e nos manterá fora de complicações, pois não
          iremos nos meter a fazer aquilo para o qual não estamos preparados. O velho
          ditado: “O sapateiro não deve ir além das botas” nos aconselha a não nos meter
          a dar palpites ou tentar fazer o que não sabemos. Se a nossa competência em
          futebol é para ser um perna de pau não dá para querer ser um Neymar.

          Os jovens cunharam uma frase para qualificar aquele
          que não sabe direito o seu lugar: “o sem noção” – indivíduo pretensioso que
          quer ser ou parecer mais do que é. Outro dia, conversando com um amigo sobre o
          tema “ambição”, ele, especialista na área do empreendedorismo, me saiu com
          essa: “Tem gente que é pretensiosa demais, pensa em conquistar o mundo e não
          tem competência nem para dar conta do seu bairro.” Para esses o conselho do
          Saramago: atente-se aos seus limites e vá adquirindo competência e habilidades
          para alçar, aos poucos, voos mais altos. Isso vai dar confiança e evitará
          quedas bruscas.

          Jovens executivos, recém-saídos da faculdade, já
          querem cargos de diretoria. Nada contra a pretensão – faz parte da natureza
          humana – mas para desempenhar bem um cargo elevado, de comando e liderança, são
          necessárias altas doses de maturidade e experiência. Ícaro, ao escapar do
          labirinto do Minotauro com asas feitas de penas de pássaros e coladas com cera
          de abelha, foi pretensioso demais. Desobedeceu ao pai, Dédalo, e voou em
          direção ao sol. Caiu porque a ambição desmedida mata.

          Prestar atenção ao modo como agimos e definir a medida
          de cada competência e habilidade nos diferentes tempos das nossas vidas é um
          exercício constante de autoconhecimento, concentração e humildade. Ao tomarmos
          uma decisão importante, devemos pensar se realmente estamos aptos a arcar com a
          empreitada e quais os resultados finais dessas ações. 

          O conselho vale também para melhorar nossas relações
          interpessoais, pois estar ciente
          do modo de agir dos outros – parceiros ou concorrentes – facilita a maneira de
          lidar com eles e nos livra de dissabores, muitas vezes camuflados em falsas
          intenções.

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          A Arte de Fazer Perguntas

          Meu caminho em direção à verdade consiste em saber fazer as perguntas certas.

          Socrates

          Grandes pensadores também são grandes perguntadores e, movidos pela curiosidade, querem sempre descobrir o porquê das coisas – abstratas ou não. Sócrates foi um mestre perguntador, chegava a irritar os interlocutores quando os encurralava com suas questões, uma após a outra, como um boxeador que leva ao canto do ringue o seu oponente e lhe desfere golpes em cima de golpes, até o nocaute, nesse caso – o surgimento do insight. A história registra que muitos dos seus amigos não gostavam das suas inquisições e tentavam se esquivar porque as perguntas os obrigavam a pensar em profundidade, mas ao final acabavam por concordar com o método, pois a linha de raciocínio imposta pelo filósofo tornava clara as questões mais complicadas. O filósofo dizia não haver uma só pergunta para um problema, mas várias e que era preciso encontrar a pergunta certa para se conseguir o resultado correto.

          Outra filósofa, essa mais contemporânea, Hannah Arendt, ficava horas formulando perguntas a si mesma buscando respostas para suas questões, principalmente as políticas. Ela dizia que conversava consigo mesma em total concentração porque eram nesses diálogos (di-dois; logos-pensamentos) que podia fazer as perguntas mais impossíveis e encontrar as respostas mais assustadoras.

          Não tenha receio em fazer perguntas idiotas e impertinentes

          Não devemos ter receio de fazer perguntas, principalmente as consideradas idiotas e impertinentes, pois são elas as mais preciosas e abrem o caminho para a criatividade. Quando o fluxo criativo, em um trabalho de geração de ideias – brainstorm -, deixa de produzir novos insights, o melhor a fazer é formular estes tipos de perguntas ao grupo. Para quem não está acostumado no início há certo estranhamento, mas a pergunta quando bem colocada irá gerar outras e dessas as melhores soluções. Já as perguntas impertinentes, dessas que ninguém quer fazer, cria-se de início, um choque no interlocutor e o obriga a pensar sobre aquilo que não quer. Para que não te considerem idiota ou impertinente ao formular tais perguntas, diga antes: vou fazer uma pergunta idiota ou impertinente e a partir daí, deixe o fluxo rolar.

          Estimule as crianças a serem curiosas e perguntadores

          São as perguntas que deflagram o processo do aprendizado e estimulam a investigação, por isso, nas escolas, principalmente no ensino básico e fundamental, é importante estimular o espírito da curiosidade nas crianças. Elas já são perguntadoras e curiosas por natureza, cabe aos mestres e aos pais estimular cada vez mais esta característica. Um famoso escritor contou que sempre que chegava da escola seu pai lhe perguntava se havia feito boas perguntas nas aulas e não dado boas respostas. Foi isso que criou nele o espírito investigativo, muito útil na sua profissão de escrever. Algumas perguntas nunca terão respostas: de onde vim, qual o sentido da vida, o que havia antes no universo… e, a famosa “to be, or not to be, that’s the question” – sem resposta desde que o príncipe da Dinamarca a formulou e imortalizou na peça Hamlet.

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          Não perca o momento certo

          Assim como no teatro, também no mundo empresarial, é preciso ter timing

          Há uma hora mágica chamada hora da sedução, deixada passar o encanto e o fascínio se desfazem e com eles o interesse daquele que seria seduzido. Existe a boa hora para tudo: a de agir, de apresentar ideias, trabalhos, falas, solicitações e discursos. Bons sedutores sabem a hora exata de atuar, seja no fechamento de uma venda, na concretização de um negócio, num pedido de aumento/promoção ou pedir alguém em casamento.

          É preciso estar atento a este momento mágico, brevíssimo, quando a oportunidade se apresenta – o instante fugaz capaz de mudar o destino de nossas vidas. Bons articuladores usam da astúcia para tecer estes momentos, isto é, vão construindo passo-a-passo a melhor hora para seus propósitos – conduzem as circunstâncias a seu favor. A este tempo de urdidura, de montagem dos momentos propícios e de preparação para a ação final podemos chamar de cronos. E ao tempo em que tudo muda podemos chamar de kairós em linguagem moderna – o momento da virada ou turning point.

          Senso de timing – qual a hora certa de entrar ou sair de cena?

          Há no teatro o senso de timing. Isto é, saber o momento exato de entrar, falar, ficar quieto e sair de cena. Precisamos aprender a desenvolver este atributo para uso em nossa vida real. Políticos experientes sabem a hora certa de falar com seus eleitores, escolhendo com critério a ocasião propícia para apresentar ideias, brigar com oponentes, gerar fatos, aparecer ou sumir do noticiário. Quer alguém com maior poder de senso de timing do que Leonel Brizola? Sua carreira foi uma sequência de aparições corretas e desaparecimentos misteriosos. Nos seus bons tempos, quando lhe era conveniente, aparecia e provocava barulho instigando tudo e a todos. Impunha sua presença soltando frases de efeito e voltava a sumir quando percebia que isso se fazia necessário e conveniente. Sabia evitar o desgaste, o excesso de exposição e não se queimava na mídia.

          E no futebol – qual é a hora certa?

          Grandes craques possuem senso acuradíssimo de saber a hora certa de fazer o passe, roubar a bola do oponente e finalizar gols. Domingos da Guia, graças à sua misteriosa capacidade em se materializar de uma hora para outra e roubar a bola dos pés do adversário, foi considerado o melhor zagueiro do nosso futebol. Sobre a sua arte de roubar as bolas, dizia, brincando: se chego antes, é cedo; se chego depois, é tarde; só tem uma hora para chegar e roubar a bola, a hora certa.

          Saiba tirar proveito das circunstâncias

          Atentos às situações favoráveis, poderemos tirar melhores proveitos das circunstâncias. A hora é a hora, antes da hora não é a hora, depois da hora já não é mais a hora. Com esse ditado, os militares alertam existir o momento certo para tomar decisões. Saber agir na hora certa é privilégio de poucos. Estamos tão imersos na ansiedade do “tudo para ontem” que perdemos a noção de um dos maiores presentes que a natureza nos oferece: perceber a hora correta da maturação, pois uma fruta colhida antes do ponto é imprópria e depois apodrece e cai.

          O tempo e as oportunidades não esperam por ninguém

          Visionários que se apresentaram antes do tempo pagaram alto preço pelo pioneirismo. Se isto foi necessário ou não é outra história, mas milhares de artistas, inventores, empresários, pesquisadores, políticos e estadistas propuseram suas ideias e iniciaram sua obra bem antes do momento certo. Incompreendidos nas suas épocas deixaram legados para outros que se apropriaram dos seus trabalhos, dando-lhes sequência, acertando e ficando com as regalias, os bônus e as glórias merecidas pelo antecessor. Por isso é preciso atenção: estamos na nossa hora, no nosso tempo e no nosso lugar?

          É sensato saber se comportar de acordo com a ocasião e as circunstâncias. A arte de argumentar deve ser realizada no momento certo, pois o tempo e as oportunidades não esperam ninguém.

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          É uma questão de perspectiva…

          O tema parece estar batido, mas basta uma pandemia global para nos lembrar a importância da perspectiva com que olhamos as coisas, o nosso mindset!

          Em meio a tantas mudanças acontecendo sem nenhum aviso prévio, acabamos por esquecer de nos perceber. Ao estar sobrecarregado com incertezas e insegurança sobre o futuro, adotamos um estado constante de estresse emocional, oriundo de um ambiente social, político e econômico totalmente novo. Em meio a essa turbulência, é bem provável que muitos liguem o modo automático e voltem àquilo que sabem fazer de melhor: reagir do jeito que der!

          Adotar novos comportamentos já é bem complicado quando temos uma rotina conhecida, um ambiente controlado em que se possa experimentar. Várias preocupações pipocam o tempo todo: quanto tempo a quarentena irá durar? Continuarei tendo minha renda? Quanto dinheiro preciso guardar? Será que me adapto à nova rotina? Será que conseguirei me organizar?… Elas não param de surgir!

          Profissional estressado - Modelo Mental
          Diante de situações estressantes, nosso cérebro tende a entrar em “modo emergência”, buscando formas mais automáticas de lidar com a situação, porém nem sempre é o comportamento mais adequado.

          São muitas coisas que podem tirar nosso foco e realmente é bem compreensível que tenhamos um “pequeno” surto de ansiedade, porém é preciso quebrar esse ciclo e começar a nos perceber. Focar naquilo que não podemos mudar é um jeito atrativo de esgotar toda as energias, mas é bem pouco efetivo para resolver os problemas.

          Nessas horas, adotar um modelo mental que permita avaliar o que está ao alcance, tendo consciência do ambiente, pode ser de grande ajuda. Não só para passar por essa crise com o menor prejuízo possível, mas também para que seja um grande aprendizado de vida.

          Dedique-se ao que pode mudar

          Não escolhemos se teremos ou não prejuízos na renda familiar, mas temos controle sob a qualidade de entrega do nosso trabalho. Não sabemos o quanto de dinheiro precisaremos guardar para enfrentar essa fase, mas temos controle sob os gastos que podemos ou não cortar. Há uma infinidade de variáveis que não podemos controlar, mas outra infinidade de atitudes que podem influenciar diretamente nelas.

          Além disso, este é um ótimo momento para questionar aquelas nossas verdades e a melhor forma de fazê-lo é pedindo ajuda, buscando conselheiros. Abandone a ideia de que sua experiência é suficiente para lidar com tudo, busque ouvir verdadeiramente o que os outros têm a ensinar e, pelo menos, experimente antes de bater o martelo.

          Adotar este mindset não é garantia de que terá sempre um bom resultado, no entanto, é com certeza um ótimo modo de ampliar suas chances de sucesso.

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