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Não vá morrer de sucesso…

Nos planejamentos de marketing e nas estratégias de vendas, um cuidado quase sempre passa despercebido: atentar para que as ações postas em prática não façam a empresa morrer de sucesso. O preparo é tudo em qualquer atividade humana. Lançar produtos e serviços, sem o devido respaldo para o bom atendimento, pode significar uma bela, inócua e perigosa pirotecnia.

É comum ouvir frases como: “Investimos muito em equipamentos, maquinários e decoração e esquecemos de treinar nosso pessoal para o atendimento rápido e eficiente”. “Os pedidos foram tantos que não tínhamos como entregá-los”. “Uma greve na Receita Federal e ficamos 100 dias sem os componentes para fabricação.” “Na hora H o fornecedor de embalagem e/ou o pessoal do transporte falhou.” “Nós, literalmente, fizemos sucesso e morremos na praia”.

São comuns as histórias de empresários que vão atrás de uma boa idéia, investem pesado em equipamentos, maquinários, arquitetura, decoração, ações promocionais e lançamentos festivos e não dão o devido valor ao essencial do negócio: o treinamento de pessoas para gerir esse novo processo.

O cemitério das boas intenções está cheio de investimentos fracassados que deram mais valor aos cuidados materiais do que ao treinamento dos profissionais que iriam tocar o negócio. “Não vou preparar e qualificar o meu pessoal, porque eles podem ir para a concorrência”, pensa de forma canhestra uma grande parte dos empresários.

Muitas vezes a empresa obtém sucesso nos lançamentos, começa a atender bem e a vender com razoável facilidade, mas os sete pecados capitais, atentos ao comportamento humano, afloram no ambiente. A possibilidade do lucro fácil faz saltar os olhos dos financeiros e a ganância se instala. Quase que ao mesmo tempo a arrogância toma conta dos atendentes e da diretoria. E pecado capital chama-se pecado capital porque ele é cabeça de chave de muitos outros pecados. Caput!

Este querer aproveitar ao máximo a boa onda faz a empresa atacar com gula por todos os lados. E à medida que os preços sobem, o acabamento despenca e o atendimento vai para o espaço. “O cliente que nos aceite do jeito que somos, temos de aproveitar ao máximo o sucesso do momento.” Na primeira oportunidade, o cliente, que era fiel por falta de opção, dá o troco e vai embora falando mal, bandeando-se para o lado da concorrência. Algumas empresas gostam de brincar com esta perigosa situação.

Quem quer vender, quer vender muito e, em se tratando de lançamentos de novos produtos e serviços, é melhor refrear a ansiedade e realizar o trabalho aos poucos. Aprender e ajustar o processo passo a passo e resguardar-se até que todos na empresa estejam mais bem preparados e só depois acelerar para conquistar o mercado com segurança, é mais seguro e duradouro.

As ferramentas da comunicação, principalmente as de massa, estimulam fácil o consumidor brasileiro, e este pode responder rápido e exigir quantidades que sua empresa não tem para entregar. Lançar-se no mercado sem a devida preparação pode queimar a imagem da empresa para sempre. A pior coisa que pode acontecer para um diretor comercial é vender demais e não ter como entregar o produto ou realizar mal o serviço. Por isso, cuidado, a palavra sucesso significa “aquilo que sucedeu” e este pode ser tão sufocante que sua empresa ou você podem morrer disto. E nada mais triste do que a lembrança “daquilo que poderíamos ter sido e não fomos”.

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A Importância de dar Retorno

Em qualquer atividade que envolva terceiros, principalmente nas negociações e no desenvolvimento de projetos, devemos informar sempre aos parceiros e interessados sobre o andamento dos trabalhos. Quando as pessoas com quem interagimos notarem que recebemos, processamos e organizamos, sem perda de tempo, as trocas e os acordos que temos em comum, começarão a confiar mais em nós. Caso contrário, pensarão que não as levamos em consideração e criarão uma impressão negativa a respeito do nosso comportamento. Com certeza irão pensar que não temos interesse no assunto ou que somos irresponsáveis e péssimos profissionais.

Por isso, devemos nos habituar a informar sempre, sobre os estágios do trabalho que realizamos, nem que seja para dizer que até o momento nada foi feito ou ainda não temos nenhuma resposta e informação para oferecer. Este procedimento melhora o nosso bem estar mental e a qualidade dos relacionamentos – tanto pessoais quanto profissionais. E isto pode ser feito por meio de visitas, telefonemas, e-mails, mensagens por WhatsApp ou bilhetes. É uma ação que não custa nada, evita que os outros pensem mal a nosso respeito e influencia os próximos passos do projeto. O hábito de cientificar sobre a posição dos assuntos que nos cabem diretamente nos processos de trabalho ajuda a apressar algumas decisões.

É prática perguntar ao principal interessado a quem devemos enviar as informações e em quais situações e contextos devem recebê-las. A mensagem original deve ser dirigida aos que tratam diretamente conosco e as cópias aos demais? Isto nos deixará mais confortáveis e confiantes para exigir a contrapartida de ações.

Pagamos alto preço em termos de sentimento de desintegração, confiança e baixa estima quando quebramos um compromisso com alguém. Quando não lhe damos resposta sobre um trabalho comprometido e não finalizado. Deixar compromissos “na caixa de entrada” é alimentar fonte de incômodo persistente.

Todos os nossos acordos e promessas devem ser colocados na pasta auto-administração para ser regularmente acompanhados e revisados. Se não o fizermos perdemos muita energia psíquica, pois a promessa não cumprida é uma enorme fonte de sentimentos negativos que alimentamos a nosso próprio respeito. Por isso, pense bem antes de fazer acordos ou promessas. Muita da carga que carregamos é desnecessária e o querer agradar a todos é impossível e insano. Se firmar um compromisso com alguém, trate de cumpri-lo, se não puder renegocie o prazo de entrega.

Outra vantagem de informar aos parceiros sobre a situação dos projetos e tarefas que estão ao nosso encargo é que este comportamento faz o trabalho andar mais rápido e com mais eficiência. É como trabalhar em círculos: mexemos numa parte, ela se afeta e move outra e assim por diante até que volte à causa inicial – a nós mesmos. A partir daí, podemos dar passos mais precisos em direção ao resultado final. “Acabativa” é o nome do jogo e ele só é possível quando acompanhamos os processos o tempo inteiro. É a comunicação fluindo que faz a ligação entre todas as partes – como na química, ela é o catalizador que une as partes.

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Cuidado! Sua Empresa Mudou de Categoria

O lutador que é nocauteado quer ser nocauteado.”

Joe Damascio | Treinador de Cassius Clay

Observe que nas lutas de boxe das categorias mais leves, tipos mosca, pena e galo, os lutadores se digladiam com violência e dificilmente caem. E, nas lutas dos pesados, um soco só, bem colocado, derruba o lutador, levando-o quase sempre a nocaute. No mundo corporativo é a mesma coisa; pequenas e médias empresas brigam desesperadamente, passam por extremas dificuldades e raramente saem de cena. Para as grandes, um golpe certeiro, fora de hora, pode colocar tudo a perder. Quantas empresas de grande porte não vimos cair aos pedaços, indo à lona por decisões desastradas de estratégia, descuido, baixa de guarda e, muitas vezes, até pela vaidade ilimitada dos seus dirigentes e proprietários?

Por isso, fique atento: sua empresa pode ter mudado de categoria e você ainda não percebeu. Será que ela é ainda a pequena ou média empresa que você pensa que é ou já subiu para uma categoria maior e não o avisaram? Se isso aconteceu, é bom começar a tomar as devidas providências para sobreviver ao novo estilo de luta. O patamar dos pesados exige maior atenção, pois os concorrentes serão mais agressivos e olharão para sua empresa com outros olhos e interesses. Você passou a incomodá-los. Lutar na categoria dos “de cima” não dá muito espaço para ingenuidade, falta de malícia, descuido, pausa para descanso e baixa de guarda. As modalidades das categorias mais pesadas exigem dureza no preparo físico. O lutador tem que estar preparado para aguentar os dez assaltos normais da luta e mais alguns se for necessário. O treinamento é mais exigente, preparadores físicos, técnicos e sparrings extremamente profissionais, e a atenção à luta deve ser redobrada.

O preparo do pessoal que atualmente trabalha na empresa é outro. Aliás, está na hora de rever o seu quadro de colaboradores. Eles servem para o novo estilo de luta ou estão assustados e perdidos? Pois é aí que está o perigo: muitas empresas sobem de ranking e as cabeças dos dirigentes e colaboradores permanecem como se estivessem ainda nos velhos tempos. Na luta dos pesados, as estratégias de marketing, vendas e gestão devem ser trabalhadas com inteligência e refinamento. O planejamento comercial deve ser audaz e ao mesmo tempo cauteloso. O apoio às vendas, aos representantes, lojistas e vendedores precisa de atenção constante. A nova ordem para a equipe é: deixem de pensar pequeno.

O velho folheto mal acabado e sem graça já não serve mais. As comunicações internas e externas passam a ser ferramentas de vital importância e necessitam de profissionais habilitados. Seus anúncios não circulam somente na região e sim em mercados maiores. E cuidado com esta história de “eu tenho um sobrinho que faz mais barato”. Isto pode sair muito caro. Existem trabalhos para escoteiros mirins e para fuzileiros navais, aprenda a diferença.

Nem tudo são espinhos neste novo cenário, se as exigências cresceram, as recompensas também são maiores. É por isso que as luvas (dinheiro pago aos lutadores) de um peso pesado sempre são maiores do que as das outras categorias. Existem poucos Tysons, Holyfields e Foremans e muitos Popós.

Por isso, tome cuidado quando sua pequena, risonha e franca empresa começar a crescer. Atente aos conselhos do velho treinador Marck (Clint Eastwood, no filme “A Menina de Ouro”): “Proteja-se sempre. Proteja-se sempre. Não baixe a guarda nunca.” Você pode levar uma e nem saber porque saiu de cena.

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Admirável Mundo Novo

Há muito tempo nós, seres humanos, buscamos formas de prever o que o futuro nos reserva. Dispomos de milhares de obras cinematográficas e literárias, previsões dos mais variados tipos…

Mesmo diante de tanto esforço e criatividade dedicados nessa empreitada, a conclusão que temos está cada vez mais perto daquela feita a milhares de anos atrás, pelo grego Heráclito: “A única constante é a mudança”. Já entendemos que nossa capacidade de prever o futuro é bem limitada, mas isso não nos impede de entender como essas mudanças acontecem.

Foi com esse propósito que o exército americano criou, na década de noventa, o conceito de ambiente VUCA, acrônimo de volatilidade, incerteza (uncertainty em inglês), complexidade e ambiguidade. Este conceito buscava entender como lidar com situações em que o planejamento tradicional não tem eficácia. Em contextos assim, um planejamento tático pode ficar obsoleto bem antes mesmo de sair do papel, devido a quantidade e complexidade das variáveis envolvidas.

Embora esse conceito tenha sido criado há mais de 20 anos e seja tema de vários eventos de tecnologia, gestão e desenvolvimento humano nos últimos tempos, parece que agora, quando mais precisamos dele, sumiu do repertório. Na verdade, é só a constatação de que não estamos tão acostumados ao caos como pensávamos e, buscar nos adaptar em tempos de quarentena é crucial para nossa vida pessoal e profissional.

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É uma questão de perspectiva…

O tema parece estar batido, mas basta uma pandemia global para nos lembrar a importância da perspectiva com que olhamos as coisas, o nosso mindset!

Em meio a tantas mudanças acontecendo sem nenhum aviso prévio, acabamos por esquecer de nos perceber. Ao estar sobrecarregado com incertezas e insegurança sobre o futuro, adotamos um estado constante de estresse emocional, oriundo de um ambiente social, político e econômico totalmente novo. Em meio a essa turbulência, é bem provável que muitos liguem o modo automático e voltem àquilo que sabem fazer de melhor: reagir do jeito que der!

Adotar novos comportamentos já é bem complicado quando temos uma rotina conhecida, um ambiente controlado em que se possa experimentar. Várias preocupações pipocam o tempo todo: quanto tempo a quarentena irá durar? Continuarei tendo minha renda? Quanto dinheiro preciso guardar? Será que me adapto à nova rotina? Será que conseguirei me organizar?… Elas não param de surgir!

Profissional estressado - Modelo Mental
Diante de situações estressantes, nosso cérebro tende a entrar em “modo emergência”, buscando formas mais automáticas de lidar com a situação, porém nem sempre é o comportamento mais adequado.

São muitas coisas que podem tirar nosso foco e realmente é bem compreensível que tenhamos um “pequeno” surto de ansiedade, porém é preciso quebrar esse ciclo e começar a nos perceber. Focar naquilo que não podemos mudar é um jeito atrativo de esgotar toda as energias, mas é bem pouco efetivo para resolver os problemas.

Nessas horas, adotar um modelo mental que permita avaliar o que está ao alcance, tendo consciência do ambiente, pode ser de grande ajuda. Não só para passar por essa crise com o menor prejuízo possível, mas também para que seja um grande aprendizado de vida.

Dedique-se ao que pode mudar

Não escolhemos se teremos ou não prejuízos na renda familiar, mas temos controle sob a qualidade de entrega do nosso trabalho. Não sabemos o quanto de dinheiro precisaremos guardar para enfrentar essa fase, mas temos controle sob os gastos que podemos ou não cortar. Há uma infinidade de variáveis que não podemos controlar, mas outra infinidade de atitudes que podem influenciar diretamente nelas.

Além disso, este é um ótimo momento para questionar aquelas nossas verdades e a melhor forma de fazê-lo é pedindo ajuda, buscando conselheiros. Abandone a ideia de que sua experiência é suficiente para lidar com tudo, busque ouvir verdadeiramente o que os outros têm a ensinar e, pelo menos, experimente antes de bater o martelo.

Adotar este mindset não é garantia de que terá sempre um bom resultado, no entanto, é com certeza um ótimo modo de ampliar suas chances de sucesso.

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Como Construir Objetivos Comuns?

Já falamos do quão essencial é ter um objetivo comum, porém construí-lo exige atitudes colaborativas. Ao contrário do que muitos podem pensar, não é simplesmente definir os objetivos, fechado em uma sala de escritório e mandar colocar em um quadro bem produzido. Esses objetivos precisam estar incutidos em cada um dos envolvidos e isso não pode ser feito simplesmente numa determinação top-down. Na verdade, exige mais ouvidos bem afinados do que cordas vocais fortes.

Para conseguir ouvir verdadeiramente os outros, é preciso vê-los como alguém que têm algo tão importante a dizer quanto você, colaborações tão relevantes e significativas quanto as suas. Se tendemos a levar toda conversa como um cabo de força, argumentando para ver quem tem mais razão ou aceitando simplesmente pelo outro ter mais poder, dificilmente conseguiremos chegar ao objetivo comum.

Isso pode ser um grande desafio para muitos de nós e, por isso, daremos três dicas importantes para construir um verdadeiro objetivo comum:

Ver os outros como sendo tão importantes quanto eu

Se, ao conversar com alguém, sente-se melhor, mais importante, mais experiente, dificilmente levará em consideração o que o outro tem a dizer. O contrário também não ajuda, ao ver-se como menos qualificado, com menos poder hierárquico e experiência, possivelmente deixará de compartilhar ideias relevantes para os resultados.

De fato, tendemos a nos comparar com os outros mais em termos de “maior” ou “menor” em tudo e menos como sendo tão importantes quando nós. O importante é aprimorar a autoconsciência para identificar esse processo, que chamamos de Autossabotagem.

Humanize a figura do outro

Embora seja de grande ajuda, só identificar a autossabotagem não irá solucioná-la. Sempre nos vemos como vítimas ou donos da razão quando entramos nesse processo, porém todos tivemos uma história de vida que nos leva a ser do jeito que somos. Busque saber mais da história de vida do outro, humanize-o e procure entender os porquês de ele agir de determinada maneira, tente compreender suas motivações e atuar sobre elas.

Tenha conversas de alinhamento

A única forma de humanizar a figura do outro e chegar a um objetivo comum é a comunicação, simples assim. Aplicativos, programas mirabolantes ou relatórios bem detalhados não terão eficiência se você não consegue ter uma boa comunicação com o outro. Portanto, tenha conversas constantes de alinhamento e, se não tiver resultado, busque alternativas na sua forma de comunicação, afinal você só controla suas próprias atitudes.

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Unir para conquistar

O que faz um aglomerado de pessoas ser chamado de organização? A resposta é bem simples, mas transformar teoria em prática não é uma tarefa fácil, nem tão pouco simples. Grande parte de nós temos a ideia de que o mundo nas empresas é resumido em competição e concorrência. Viemos de uma cultura global em que precisamos dividir para conquistar, dominar e persuadir para que nossa vontade seja feita, acumular poder para usá-lo a nosso favor.

Porém, os tempos estão mudando, estamos vendo cada vez mais os impactos negativos que a competição e foco nos objetivos individuais podem gerar. São verdadeiros cabos de força entre colaboradores para ver quem é que manda mais, quem consegue colocar em prática as suas próprias vontades e, enquanto isso, a efetividade e recursos da empresa vão se esvaindo.

Mais do que nunca ouvimos definições de “cultura”, “propósito” e “jeito de ser” das organizações. Nada mais é do que a definição de objetivos comuns, algo que busque unir a todos, somando forças, na construção em uma só direção.

Objetivos Comuns

Se antes da crise, construir objetivos comuns, já vinha sendo o sonho de muitas empresas, em tempos de quarentena é uma questão de necessidade. Assim como em outros momentos da história, é preciso buscar união, otimizar recursos e focar no essencial. Hoje, todos os recursos precisam ser utilizados de modo consciente e direcionados aos objetivos da organização, não há mais espaço para ego ou caprichos.

Diversas vezes, durante nossos treinamentos, ouvimos participantes dizerem “eu não tenho nada em comum com aquele colaborador” e isso é muito grave. Todos nós deveríamos partir do pressuposto de que, se trabalhamos na mesma empresa, temos algo em comum com qualquer colaborador dela. Inclusive, trabalhar na mesma empresa deveria ser sinônimo de buscar os mesmos objetivos.

Objetivos comuns são essenciais para atingir a eficiência e otimizar os recursos que os tempos de hoje exigem. Independente de ser líder de equipe ou não, a atitude deve ser a de ouvir atentamente o que seus pares, superiores, cliente internos ou externos e liderados têm a dizer, identificar pontos em comum entre eles, articulando objetivos para chegar a um que sejam comum a todos. Só assim estará unindo para conquistar.

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Como Liderar à Distância?

Se fazer a nossa própria gestão em home office já é um grande desafio, imagine fazer a gestão da equipe? Muitas das dicas que já demos nos outros artigos poderão ajudar, mas, aqui, essa dica é essencial: teste variações e busque o que gera os melhores resultados.

Além dessa, temos mais 5 dicas específicas para ajuda-lo na gestão da sua equipe:

1# Mantenha os objetivos e metas visíveis e atualizados

Assim como já dizia o físico William Thompson no século XIX, “aquilo que não se pode medir, não se pode melhorar”. Todos estão rodeados de potenciais distrações durante o tempo todo e, ter foco, não é nada fácil, ainda mais quando cada um está em sua própria casa. Por isso, ter objetivos e metas claras, acordadas entre todos e diariamente acompanhadas é essencial para manter os esforços na direção certa.

Faça reuniões frequentes ou adote alguma ferramenta que lhe ajude a manter todos informados sobre o status dos objetivos, indicadores e metas. Isso ajudará a manter contato constante com o que realmente precisam fazer.

2# Faça acordos de convivência com sua equipe

Assim como você, seus liderados também precisam se adaptar a uma nova realidade. Portanto, não espere que a situação se complique para tratar sobre as necessidades, dificuldades e objetivos envolvidos. Encontre modos de conciliar as questões de cada um com os objetivos e metas traçadas.

Documente o que combinaram para que possa servir de consulta, tanto para você quanto para os seus liderados. Altere sempre que necessário e mediante o acordo prévio de todos.

3# Follow up é essencial!

Utilize sua agenda para organizar os follow-up que precisa acompanhar. Se sua equipe não está tão habituada com o home office, o ideal é combinar check points entre vocês, antes do prazo final de entrega. Isso ajudará tanto a identificar as principais dificuldades que sua equipe pode estar enfrentando nesse momento de adaptação, quanto ter tempo para correções antes que o prazo expire.

4# Feedback também!

Assim como o follow-up, o feedback também é uma ótima ferramenta de home office. Porém, é preciso ser um líder facilitador e não cobrador de tarefa. Tenha conversas individuais constantes com seus liderados para abordar o que está funcionando e o que não está, identifique o que você pode fazer para ajuda-los nesse processo, seja através da sua mentoria, remanejamento de atividades, treinamentos técnicos, etc.

Também encoraje sua equipe em lhe dar feedbacks e atue sobre eles, isso lhe ajudará a afinar ainda mais sua gestão à distância, além de reduzir a falta de contato que o home office normalmente gera.

5# Não deixe de fortalecer o relacionamento

Não deixe que o distanciamento social esfrie o relacionamento entre você e sua equipe. Promova momentos de distração e convivência, utilize as videochamadas para jogar conversa fora ou até mesmo organizar um happy hour. Isso ajudará a fortalecer o relacionamento de todos, mesmo à distância.

O importante é evitar só ter contato com eles para falar de trabalho, mostre que você se importa com seus liderados, ajude-os a passar por essa fase e contribua para criar um clima de colaboração e ajuda mútua, mesmo estando cada um em casa.

Home Office Efetivo

Juntos somos mais fortes!

Pensamos que estas dicas não sejam só para tornar o home office mais efetivo, na verdade, tentamos trazer recomendações para a vida que parece estar mais próxima.

O que podemos dizer é que, cada vez mais, percebemos que a união de pessoas ocorre menos por questões de origem e espaço físico e mais por suas convicções, objetivos e motivações. Ninguém sabe como o mundo será de 2020 para frente, no entanto, com certeza, terá sido feito por aqueles que conseguiram se unir em torno de um objetivo comum, pelo empenho em torna-lo realidade.

Pensando bem… Acreditamos que todas as crises do passado sempre foram superadas por pessoas assim, ou melhor… pela união de pessoas assim! Portanto, aproveite esse momento para unir, para transcender “aquelas verdades” que limitam o seu potencial. Busque construir e apoiar, deixe-se inspirar e inspire.

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+5 Dicas do Home Office Eficiente

No artigo anterior, já trouxemos 5 dicas de como organizar o seu trabalho em home office. São dicas importantes, principalmente se está tendo dificuldades de adaptação a esse formato de trabalho à distância.

Trouxemos mais 5 dicas que vão além de somente o ambiente de home office, elas são para a vida toda, pessoal e profissional. Até por isso, não quer dizer que serão fáceis de aplicar, mas só a consciência e prática inicial delas já lhe darão novas perspectivas de produtividade:

1# Assimile o novo

Segundo a teoria da Gestalt*, quando não sabemos o que irá acontecer, tendemos a preencher os espaços em branco com nossa própria imaginação. Independente dela ser mais otimista ou pessimista, o problema é que normalmente nos leva a reagir de forma menos adaptada ao contexto. Podemos subestimar os riscos à saúde e deixar de tomar medidas importantes ou entrar em pânico, acreditando que é o fim do mundo, por exemplo.

A dica é buscar se informar por meios confiáveis, como órgãos e profissionais reconhecidos. Seja sobre saúde ou economia, ter conhecimento de fontes de referência poderão ajuda-lo a tomar medidas mais efetivas. Além disso, não deixe se levar por tudo que ouve por aí e, se algo lhe preocupou, busque verificar a veracidade da fonte.

* Teoria da psicologia que defende que, para entender as partes, é preciso compreender o todo primeiro.

 2# Comece o dia tirando as coisas da mente

Essa é uma dica para a vida e não somente para o home office: nossa mente foi feita para criar e não guardar informações. Por isso, sempre comece seu dia pensando em tudo que precisa fazer e já dê um direcionamento. Agende uma reunião, separe um horário para executar, adicione na lista de compras, salve em algum lugar para fazer mais tarde… O segredo é não deixar a mesma atividade pipocar na sua mente o tempo todo.

3# Faça revisões semanais

Outra lição para a vida toda é reservar o início ou final da sua semana para fazer uma revisão dos últimos dias. Uma das habilidades que mais nos desenvolverá como pessoa e profissional é aprender com nossas atitudes, portanto reserve um momento para revisar tudo que fez durante esses dias. Avalie o que deu certo e o que deu errado, procure aprender com tudo isso e teste alternativas para ser mais efetivo nos próximos dias.

4# Pratique a empatia

Para muitos, esse é um momento estressante e ter empatia ajudará a encontrar mais soluções do que problemas. Ouvir verdadeiramente aqueles com quem vivemos e se colocar no lugar deles nos ajudará a fortalecer os vínculos ao invés de desgastá-los.

Não quer dizer que você precisa absorver tudo isso calado ou explodir quando não suportar mais o estresse. Ao invés de expor sobre o outro, fale sobre os seus sentimentos e compartilhe suas frustrações. Pode não ser uma conversa fácil, porém, será muito mais eficiente do que discussões em que o foco é achar um “culpado”.

5# Bateu o desespero? Respire!

Tudo ainda é muito novo e ter algumas crises de ansiedade e desespero é até esperado. Portanto, essa é a nossa última dica: Respire!

Nem tudo dará certo e, com certeza, todos nós temos muito com que se preocupar. No entanto, preocupação e ansiedade são sentimentos paralisantes e não nos levam a lugar algum. Sempre que se ver “andando em círculos”, pare e respire, tire um tempo para clarear os pensamentos. Feito isso, volte para a primeira dica, assimile o novo!

Home Office Efetivo
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Home Office: 5 dicas para fazer a minha gestão

Estamos em um contexto completamente novo e a tendência é que isso se torne cada vez mais comum. Trabalhar de casa pode ser uma novidade para você agora, mas já existem colaboradores de empresas inteiras trabalhando de suas casas, sem nunca terem se conhecido presencialmente. Não é fácil, mas é um paradigma que precisamos quebrar para acompanhar as mudanças do mundo moderno.

Queremos te ajudar nesse momento de adaptação e, por isso, separamos 5 dicas importantes:

1# Trabalhe por entrega e não por carga horária

Acordar, se arrumar, ir para o trabalho e voltar para a casa… Para muitos de nós, essa era a rotina e tentar reproduzi-la no home office pode ser um problemão. Seja pelos filhos ou seus outros familiares, separar o tempo de trabalho em um grande bloco de horas pode não funcionar muito bem.

Ao trabalhar em casa precisamos mudar a lógica, esqueça as horas de trabalho e foque no que precisa entregar. Ao iniciar seu trabalho, liste as atividades que precisa fazer, organize-se para se adaptar à realidade, divida as horas de modo que lhe atenda e não se restrinja ao horário comercial.

2# Organize o ambiente de trabalho

Independente se você possui um escritório em casa ou não, busque organizar o seu local de trabalho somente com aquilo que irá precisar. Antes de iniciar, pense em tudo que precisará para executar as atividades, assim você evita ter interrupções constantes e também ajuda no processo mental de ligar o “modo profissional”.

Isso também vale para o ambiente digital, muitas abas de notícias, webinars, cursos on-line ou notificações de redes sociais podem ser um prato cheio para a distração.

3# Faça acordos de convivência

Acordos de convivência são essenciais nesse momento e devem ser feitos antes de qualquer desentendimento, ou seja, aquela discussão com seu filho ou cônjuge depois de uma situação estressante não é um acordo de convivência!

Converse com seus filhos (caso tenham maior discernimento), cônjuge e/ou familiares antes de qualquer mal entendido, exponha suas necessidades, desejos e objetivos e ouça verdadeiramente os deles. Se, ambos trabalham e tem filhos pequenos, organize o dia para que cada um possa trabalhar e cuidar. Busque criar objetivos que sejam comuns a todos.

4# Faça acordos de convivência com você mesmo

O maior desafio de trabalhar em casa são as milhares de distrações a que estamos expostos o tempo todo. Para evita-las, faça acordos de convivência com você mesmo, defina seus objetivos e pequenas conquistas. Por exemplo, sempre que terminar alguma atividade, se permita tirar alguns minutos para tomar um café e ver alguma coisa que não seja sobre trabalho. Isso pode ajudar a estar mais focado e menos ansioso, além manter as entregas em dia.

5# Teste variações para se adaptar

Pode ser que prefira trabalhar mais cedo ou goste mais da noite, seja mais produtivo tendo vários intervalos ou trabalhando por várias horas sem pausa, ter um local específico ou trabalhar em cômodos diferentes todos os dias… Aqui não tem uma dica pronta, a sugestão é testar para ver o que funciona.

Não se prenda a somente tentar replicar o seu ambiente do escritório dentro de casa, isso poderá ser frustrante. Procure testar novas variações que ainda não fez para avaliar o que funciona melhor para a sua produtividade.

Home Office Efetivo