Há muito tempo nós, seres
humanos, buscamos formas de prever o que o futuro nos reserva. Dispomos de
milhares de obras cinematográficas e literárias, previsões dos mais variados
tipos…
Mesmo diante de tanto esforço e criatividade dedicados nessa empreitada, a conclusão que temos está cada vez mais perto daquela feita a milhares de anos atrás, pelo grego Heráclito: “A única constante é a mudança”. Já entendemos que nossa capacidade de prever o futuro é bem limitada, mas isso não nos impede de entender como essas mudanças acontecem.
Foi com esse propósito que o exército americano criou, na década de noventa, o conceito de ambiente VUCA, acrônimo de volatilidade, incerteza (uncertainty em inglês), complexidade e ambiguidade. Este conceito buscava entender como lidar com situações em que o planejamento tradicional não tem eficácia. Em contextos assim, um planejamento tático pode ficar obsoleto bem antes mesmo de sair do papel, devido a quantidade e complexidade das variáveis envolvidas.
Embora esse conceito tenha sido criado há mais de 20 anos e seja tema de vários eventos de tecnologia, gestão e desenvolvimento humano nos últimos tempos, parece que agora, quando mais precisamos dele, sumiu do repertório. Na verdade, é só a constatação de que não estamos tão acostumados ao caos como pensávamos e, buscar nos adaptar em tempos de quarentena é crucial para nossa vida pessoal e profissional.
O tema parece estar batido, mas basta uma pandemia global para nos lembrara importância da perspectiva com que olhamos as coisas, o nosso mindset!
Em meio a tantas mudanças acontecendo sem nenhum aviso prévio, acabamos por esquecer de nos perceber. Ao estar sobrecarregado com incertezas e insegurança sobre o futuro, adotamos um estado constante de estresse emocional, oriundo de um ambiente social, político e econômico totalmente novo. Em meio a essa turbulência, é bem provável que muitos liguem o modo automático e voltem àquilo que sabem fazer de melhor: reagir do jeito que der!
Adotar novos comportamentos já é bem complicado quando temos uma rotina conhecida, um ambiente controlado em que se possa experimentar. Várias preocupações pipocam o tempo todo: quanto tempo a quarentena irá durar? Continuarei tendo minha renda? Quanto dinheiro preciso guardar? Será que me adapto à nova rotina? Será que conseguirei me organizar?… Elas não param de surgir!
São muitas coisas que podem tirar nosso foco e realmente é bem compreensível que tenhamos um “pequeno” surto de ansiedade, porém é preciso quebrar esse ciclo e começar a nos perceber. Focar naquilo que não podemos mudar é um jeito atrativo de esgotar toda as energias, mas é bem pouco efetivo para resolver os problemas.
Nessas horas, adotar um modelo mental que permita avaliar o que está ao alcance, tendo consciência do ambiente, pode ser de grande ajuda. Não só para passar por essa crise com o menor prejuízo possível, mas também para que seja um grande aprendizado de vida.
Dedique-se ao que pode mudar
Não escolhemos se teremos ou não prejuízos na renda familiar, mas temos controle sob a qualidade de entrega do nosso trabalho. Não sabemos o quanto de dinheiro precisaremos guardar para enfrentar essa fase, mas temos controle sob os gastos que podemos ou não cortar. Há uma infinidade de variáveis que não podemos controlar, mas outra infinidade de atitudes que podem influenciar diretamente nelas.
Além disso, este é um ótimo momento para questionar aquelas nossas verdades e a melhor forma de fazê-lo é pedindo ajuda, buscando conselheiros. Abandone a ideia de que sua experiência é suficiente para lidar com tudo, busque ouvir verdadeiramente o que os outros têm a ensinar e, pelo menos, experimente antes de bater o martelo.
Adotar este mindset não é garantia de que terá sempre um bom resultado, no entanto, é com certeza um ótimo modo de ampliar suas chances de sucesso.
Já falamos do quão essencial é ter um objetivo comum, porém construí-lo exige atitudes colaborativas. Ao contrário do que muitos podem pensar, não é simplesmente definir os objetivos, fechado em uma sala de escritório e mandar colocar em um quadro bem produzido. Esses objetivos precisam estar incutidos em cada um dos envolvidos e isso não pode ser feito simplesmente numa determinação top-down. Na verdade, exige mais ouvidos bem afinados do que cordas vocais fortes.
Para conseguir ouvir verdadeiramente os outros, é preciso vê-los como alguém que têm algo tão importante a dizer quanto você, colaborações tão relevantes e significativas quanto as suas. Se tendemos a levar toda conversa como um cabo de força, argumentando para ver quem tem mais razão ou aceitando simplesmente pelo outro ter mais poder, dificilmente conseguiremos chegar ao objetivo comum.
Isso pode ser um grande desafio para muitos de nós e, por isso, daremos três dicas importantes para construir um verdadeiro objetivo comum:
• Ver os outros como sendo tão importantes quanto eu
Se, ao
conversar com alguém, sente-se melhor, mais importante, mais experiente,
dificilmente levará em consideração o que o outro tem a dizer. O contrário
também não ajuda, ao ver-se como menos qualificado, com menos poder hierárquico
e experiência, possivelmente deixará de compartilhar ideias relevantes para os
resultados.
De fato, tendemos a nos comparar com os outros mais em termos de “maior” ou “menor” em tudo e menos como sendo tão importantes quando nós. O importante é aprimorar a autoconsciência para identificar esse processo, que chamamos de Autossabotagem.
• Humanize a figura do outro
Embora seja de grande ajuda, só identificar a autossabotagem não irá solucioná-la. Sempre nos vemos como vítimas ou donos da razão quando entramos nesse processo, porém todos tivemos uma história de vida que nos leva a ser do jeito que somos. Busque saber mais da história de vida do outro, humanize-o e procure entender os porquês de ele agir de determinada maneira, tente compreender suas motivações e atuar sobre elas.
• Tenha conversas de alinhamento
A única forma de humanizar a figura do outro e chegar a um objetivo comum é a comunicação, simples assim. Aplicativos, programas mirabolantes ou relatórios bem detalhados não terão eficiência se você não consegue ter uma boa comunicação com o outro. Portanto, tenha conversas constantes de alinhamento e, se não tiver resultado, busque alternativas na sua forma de comunicação, afinal você só controla suas próprias atitudes.
O que faz um aglomerado de
pessoas ser chamado de organização? A resposta é bem simples, mas transformar
teoria em prática não é uma tarefa fácil, nem tão pouco simples. Grande parte
de nós temos a ideia de que o mundo nas empresas é resumido em competição e
concorrência. Viemos de uma cultura global em que precisamos dividir para
conquistar, dominar e persuadir para que nossa vontade seja feita, acumular
poder para usá-lo a nosso favor.
Porém, os tempos estão mudando, estamos vendo cada vez mais os impactos negativos que a competição e foco nos objetivos individuais podem gerar. São verdadeiros cabos de força entre colaboradores para ver quem é que manda mais, quem consegue colocar em prática as suas próprias vontades e, enquanto isso, a efetividade e recursos da empresa vão se esvaindo.
Mais do que nunca ouvimos definições de “cultura”, “propósito” e “jeito de ser” das organizações. Nada mais é do que a definição de objetivos comuns, algo que busque unir a todos, somando forças, na construção em uma só direção.
Objetivos Comuns
Se antes da crise, construir objetivos comuns, já vinha sendo o sonho de muitas empresas, em tempos de quarentena é uma questão de necessidade. Assim como em outros momentos da história, é preciso buscar união, otimizar recursos e focar no essencial. Hoje, todos os recursos precisam ser utilizados de modo consciente e direcionados aos objetivos da organização, não há mais espaço para ego ou caprichos.
Diversas vezes, durante nossos treinamentos, ouvimos participantes dizerem “eu não tenho nada em comum com aquele colaborador” e isso é muito grave. Todos nós deveríamos partir do pressuposto de que, se trabalhamos na mesma empresa, temos algo em comum com qualquer colaborador dela. Inclusive, trabalhar na mesma empresa deveria ser sinônimo de buscar os mesmos objetivos.
Objetivos comuns são essenciais para atingir a eficiência e otimizar os recursos que os tempos de hoje exigem. Independente de ser líder de equipe ou não, a atitude deve ser a de ouvir atentamente o que seus pares, superiores, cliente internos ou externos e liderados têm a dizer, identificar pontos em comum entre eles, articulando objetivos para chegar a um que sejam comum a todos. Só assim estará unindo para conquistar.
Se fazer a nossa própria gestão em home office já é um grande desafio, imagine fazer a gestão da equipe? Muitas das dicas que já demos nos outros artigos poderão ajudar, mas, aqui, essa dica é essencial: teste variações e busque o que gera os melhores resultados.
Além dessa, temos mais 5 dicas específicas para ajuda-lo na gestão da sua equipe:
1# Mantenha os objetivos e metas visíveis e atualizados
Assim como já
dizia o físico William Thompson no século XIX, “aquilo que não se pode medir,
não se pode melhorar”. Todos estão rodeados de potenciais distrações durante o
tempo todo e, ter foco, não é nada fácil, ainda mais quando cada um está em sua
própria casa. Por isso, ter objetivos e metas claras, acordadas entre todos e
diariamente acompanhadas é essencial para manter os esforços na direção certa.
Faça reuniões
frequentes ou adote alguma ferramenta que lhe ajude a manter todos informados sobre
o status dos objetivos, indicadores e metas. Isso ajudará a manter contato
constante com o que realmente precisam fazer.
2# Faça acordos de convivência com sua equipe
Assim como você, seus liderados também precisam se adaptar a uma nova realidade. Portanto, não espere que a situação se complique para tratar sobre as necessidades, dificuldades e objetivos envolvidos. Encontre modos de conciliar as questões de cada um com os objetivos e metas traçadas.
Documente o que combinaram para que possa servir de consulta, tanto para você quanto para os seus liderados. Altere sempre que necessário e mediante o acordo prévio de todos.
3# Follow up é essencial!
Utilize sua
agenda para organizar os follow-up que precisa acompanhar. Se sua equipe não
está tão habituada com o home office, o ideal é combinar check points entre
vocês, antes do prazo final de entrega. Isso ajudará tanto a identificar as
principais dificuldades que sua equipe pode estar enfrentando nesse momento de
adaptação, quanto ter tempo para correções antes que o prazo expire.
4# Feedback também!
Assim como o
follow-up, o feedback também é uma ótima ferramenta de home office. Porém, é
preciso ser um líder facilitador e não cobrador de tarefa. Tenha conversas
individuais constantes com seus liderados para abordar o que está funcionando e
o que não está, identifique o que você pode fazer para ajuda-los nesse
processo, seja através da sua mentoria, remanejamento de atividades,
treinamentos técnicos, etc.
Também
encoraje sua equipe em lhe dar feedbacks e atue sobre eles, isso lhe ajudará a
afinar ainda mais sua gestão à distância, além de reduzir a falta de contato
que o home office normalmente gera.
5# Não deixe de fortalecer o relacionamento
Não deixe que o distanciamento social esfrie o relacionamento entre você e sua equipe. Promova momentos de distração e convivência, utilize as videochamadas para jogar conversa fora ou até mesmo organizar um happy hour. Isso ajudará a fortalecer o relacionamento de todos, mesmo à distância.
O importante é evitar só ter contato com eles para falar de trabalho, mostre que você se importa com seus liderados, ajude-os a passar por essa fase e contribua para criar um clima de colaboração e ajuda mútua, mesmo estando cada um em casa.
Juntos somos mais fortes!
Pensamos que estas dicas não sejam só para tornar o home office mais efetivo, na verdade, tentamos trazer recomendações para a vida que parece estar mais próxima.
O que podemos dizer é que, cada vez mais, percebemos que a união de pessoas ocorre menos por questões de origem e espaço físico e mais por suas convicções, objetivos e motivações. Ninguém sabe como o mundo será de 2020 para frente, no entanto, com certeza, terá sido feito por aqueles que conseguiram se unir em torno de um objetivo comum, pelo empenho em torna-lo realidade.
Pensando bem… Acreditamos que todas as crises do passado sempre foram superadas por pessoas assim, ou melhor… pela união de pessoas assim! Portanto, aproveite esse momento para unir, para transcender “aquelas verdades” que limitam o seu potencial. Busque construir e apoiar, deixe-se inspirar e inspire.
No artigo anterior, já trouxemos 5 dicas de como organizar o seu trabalho em home office. São dicas importantes, principalmente se está tendo dificuldades de adaptação a esse formato de trabalho à distância.
Trouxemos mais 5 dicas que vão além de somente o ambiente de home office, elas são para a vida toda, pessoal e profissional. Até por isso, não quer dizer que serão fáceis de aplicar, mas só a consciência e prática inicial delas já lhe darão novas perspectivas de produtividade:
1# Assimile o novo
Segundo a teoria da Gestalt*, quando não sabemos o que irá acontecer, tendemos a preencher os espaços em branco com nossa própria imaginação. Independente dela ser mais otimista ou pessimista, o problema é que normalmente nos leva a reagir de forma menos adaptada ao contexto. Podemos subestimar os riscos à saúde e deixar de tomar medidas importantes ou entrar em pânico, acreditando que é o fim do mundo, por exemplo.
A dica é buscar se informar por meios confiáveis, como órgãos e profissionais reconhecidos. Seja sobre saúde ou economia, ter conhecimento de fontes de referência poderão ajuda-lo a tomar medidas mais efetivas. Além disso, não deixe se levar por tudo que ouve por aí e, se algo lhe preocupou, busque verificar a veracidade da fonte.
* Teoria da psicologia que defende que, para entender as partes, é preciso compreender o todo primeiro.
2# Comece o dia tirando as coisas da mente
Essa é uma dica para a vida e não somente para o home office: nossa mente foi feita para criar e não guardar informações. Por isso, sempre comece seu dia pensando em tudo que precisa fazer e já dê um direcionamento. Agende uma reunião, separe um horário para executar, adicione na lista de compras, salve em algum lugar para fazer mais tarde… O segredo é não deixar a mesma atividade pipocar na sua mente o tempo todo.
3# Faça revisões semanais
Outra lição para a vida toda é reservar o início ou final da sua semana para fazer uma revisão dos últimos dias. Uma das habilidades que mais nos desenvolverá como pessoa e profissional é aprender com nossas atitudes, portanto reserve um momento para revisar tudo que fez durante esses dias. Avalie o que deu certo e o que deu errado, procure aprender com tudo isso e teste alternativas para ser mais efetivo nos próximos dias.
4# Pratique a empatia
Para muitos, esse é um momento estressante e ter empatia ajudará a encontrar mais soluções do que problemas. Ouvir verdadeiramente aqueles com quem vivemos e se colocar no lugar deles nos ajudará a fortalecer os vínculos ao invés de desgastá-los.
Não quer dizer que você precisa absorver tudo isso calado ou explodir quando não suportar mais o estresse. Ao invés de expor sobre o outro, fale sobre os seus sentimentos e compartilhe suas frustrações. Pode não ser uma conversa fácil, porém, será muito mais eficiente do que discussões em que o foco é achar um “culpado”.
5# Bateu o desespero? Respire!
Tudo ainda é
muito novo e ter algumas crises de ansiedade e desespero é até esperado.
Portanto, essa é a nossa última dica: Respire!
Nem tudo dará certo e, com certeza, todos nós temos muito com que se preocupar. No entanto, preocupação e ansiedade são sentimentos paralisantes e não nos levam a lugar algum. Sempre que se ver “andando em círculos”, pare e respire, tire um tempo para clarear os pensamentos. Feito isso, volte para a primeira dica, assimile o novo!
Estamos em um contexto completamente novo e a tendência é que isso se torne cada vez mais comum. Trabalhar de casa pode ser uma novidade para você agora, mas já existem colaboradores de empresas inteiras trabalhando de suas casas, sem nunca terem se conhecido presencialmente. Não é fácil, mas é um paradigma que precisamos quebrar para acompanhar as mudanças do mundo moderno.
Queremos te ajudar nesse momento de adaptação e, por isso, separamos 5 dicas importantes:
1# Trabalhe por entrega e não por carga horária
Acordar, se
arrumar, ir para o trabalho e voltar para a casa… Para muitos de nós, essa
era a rotina e tentar reproduzi-la no home office pode ser um problemão. Seja
pelos filhos ou seus outros familiares, separar o tempo de trabalho em um
grande bloco de horas pode não funcionar muito bem.
Ao trabalhar em casa precisamos mudar a lógica, esqueça as horas de trabalho e foque no que precisa entregar. Ao iniciar seu trabalho, liste as atividades que precisa fazer, organize-se para se adaptar à realidade, divida as horas de modo que lhe atenda e não se restrinja ao horário comercial.
2# Organize o ambiente de trabalho
Independente se você possui um escritório em casa ou não, busque organizar o seu local de trabalho somente com aquilo que irá precisar. Antes de iniciar, pense em tudo que precisará para executar as atividades, assim você evita ter interrupções constantes e também ajuda no processo mental de ligar o “modo profissional”.
Isso também vale para o ambiente digital, muitas abas de notícias, webinars, cursos on-line ou notificações de redes sociais podem ser um prato cheio para a distração.
3# Faça acordos de convivência
Acordos de
convivência são essenciais nesse momento e devem ser feitos antes de qualquer
desentendimento, ou seja, aquela discussão com seu filho ou cônjuge depois de
uma situação estressante não é um acordo de convivência!
Converse com
seus filhos (caso tenham maior discernimento), cônjuge e/ou familiares antes de
qualquer mal entendido, exponha suas necessidades, desejos e objetivos e ouça
verdadeiramente os deles. Se, ambos trabalham e tem filhos pequenos, organize o
dia para que cada um possa trabalhar e cuidar. Busque criar objetivos que sejam
comuns a todos.
4# Faça acordos de convivência com você mesmo
O maior desafio de trabalhar em casa são as milhares de distrações a que estamos expostos o tempo todo. Para evita-las, faça acordos de convivência com você mesmo, defina seus objetivos e pequenas conquistas. Por exemplo, sempre que terminar alguma atividade, se permita tirar alguns minutos para tomar um café e ver alguma coisa que não seja sobre trabalho. Isso pode ajudar a estar mais focado e menos ansioso, além manter as entregas em dia.
5# Teste variações para se adaptar
Pode ser que prefira trabalhar mais cedo ou goste mais da noite, seja mais produtivo tendo vários intervalos ou trabalhando por várias horas sem pausa, ter um local específico ou trabalhar em cômodos diferentes todos os dias… Aqui não tem uma dica pronta, a sugestão é testar para ver o que funciona.
Não se prenda a somente tentar replicar o seu ambiente do escritório dentro de casa, isso poderá ser frustrante. Procure testar novas variações que ainda não fez para avaliar o que funciona melhor para a sua produtividade.
Esse é o momento de aprender
novas lições, testar alternativas e ouvir mais os outros. Durante todo esse
período de pandemia do Covid-19, conversamos com muitos diretores e empresários
de várias organizações pelo mundo, com a intenção de aprender mais e ampliar as
percepções desse novo ambiente.
Depois de analisar o conteúdo
dessas conversas, conseguimos pensar a crise em três momentos diferentes: As 3
Ondas da Crise. Elas estão nos ajudando a identificar o momento em que estamos
e a otimizar nossas entregas e resultados. Iremos apresenta-las com mais
detalhes a seguir e esperamos que também possa lhe ajudar:
Primeira Onda – Caos e Incerteza
Assim como diante de qualquer situação nova, a primeira onda consiste no contato com o desconhecido, ou seja, o próprio caos. Cada um acaba se voltando para suas reações mais instintivas e deixa de analisar os fatos, é o conhecido estado de “fuga ou luta”. Esse comportamento é natural que é ativado quando não identificamos padrões conhecidos.
No entanto, só aprenderemos novos padrões a partir de maior conscientização do novo ambiente, analisando os fatos. A dica para sair da primeira onda é respirar fundo, manter a calma, olhar ao entorno e buscar entender como essa nova realidade funciona, quais os padrões e qual a atuação mais adequada sobre ela.
Segunda Onda – Adaptação ao Novo
A segunda onda consiste
exatamente no momento em que nos acalmamos e entendemos os padrões desse novo
contexto. Nesse processo, é provável que ainda sofreremos os efeitos deste ambiente,
mas já conseguimos enxergar as mudanças ou objetivos que precisaremos alcançar.
Não é uma fase que nos traz tranquilidade, ainda estaremos analisando os fatos e vivenciando os prejuízos dessa atual situação, porém já a encaramos com mais realismo, buscando a melhor saída. Muitos já estão nessa fase e a dica é nutrir paciência e visão crítica. Nem tudo que faremos irá dar bons resultados e precisaremos testar novas ideias, sem perder o ânimo.
Terceira Onda – Saída da Crise
Estar na terceira onda é, sem dúvida, o objetivo. É realmente quando nos adaptamos e já incorporamos novos hábitos, voltamos à zona de conforto. Não quer dizer que nossas vidas voltarão a ser como antes, já teremos passado por muitos momentos difíceis e provavelmente muitas ideias que tínhamos não serão mais as mesmas.
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